"Tivemos que arranjar mais 18 mil euros." Marchas de Lisboa com dificuldades acrescidas
Rafael Ribeiro, ensaiador da marcha do bairro da Boavista, explica à TSF que o orçamento oferecido pela autarquia é escasso.
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Com as festividades dos santos populares à porta, as marchas populares de Lisboa vivem dificuldades acrescidas, em relação aos anos anteriores. Além da paragem de dois anos por causa da pandemia, os materiais para a criação de adereços e coreografias estão mais caros.
À TSF, Rafael Ribeiro, ensaiador da marcha do bairro da Boavista, em Benfica, explica os problemas: "Nós gastámos muito mais dinheiro este ano. Eu posso dizer que do orçamento que a câmara municipal nos dá para trabalhar os adereços, a coreografia e tudo mais, nós tivemos que arranjar mais 18 mil euros para cobrir as despesas."
As marchas saem para cantar e dançar nas ruas de Lisboa, como habitualmente acontece nas celebrações do Santo António, em Lisboa. Contudo, foi necessário embarcar por outras aventuras, para que tudo isso fosse possível.
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"Foram feitas, pela entidade organizadora, várias iniciativas - noites das mulheres, noites de fados - para conseguir angariar dinheiro para a marcha", refere o ensaiador.
Esta quinta-feira à noite, já cinco bairros de Lisboa quebraram o jejum de três anos sem poderem marchar. O primeiro desfile das marchas populares de Lisboa está marcado para amanhã à noite no antigo Pavilhão Atlântico.
Em 2019, foram 20 as marchas a concurso e a marcha do bairro do Alto do Pina foi a vencedora. Nessa edição, a marcha do Bairro da Boavista ficou na 12º posição. Este ano voltam a estar 20 marchas em concurso.