
Rui Manuel Fonseca/Global Imagens
Dos seis aparelhos comprados pelo Estado, apenas um estava a funcionar desde novembro. Mas mesmo esse ficou proibido de voar desde a semana passada.
Corpo do artigo
O único Kamov ao serviço do Estado desde novembro ficou impedido de voar na semana passada depois da Autoridade de Aviação Civil ter detetado um problema numa peça importante no funcionamento do helicóptero.
A Everjets, empresa que opera os aparelhos, pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a extensão ao limite da vida desse componente, mas pelo que escreve o jornal Público o regulador não aceitou por se tratar de um segundo pedido de extensão.
O jornal revela que inicialmente o limite era janeiro de 2017, passou para janeiro deste ano, mas agora a Everjets queria mais tempo. De acordo com o Público, a ANAC não aceitou por temer pela segurança do aparelho.
Fontes do setor citadas pelo jornal explicam que um helicóptero canadiano teve um acidente por causa de uma avaria nessa peça.
Este helicóptero era o único Kamov operacional. Em novembro, no final da época de incêndios, dois dos três aparelhos que estavam a funcionar foram para uma longa manutenção, sobrando um que se avariou na semana passada.
A aeronave estava ao serviço do INEM a partir da base de Santa Comba Dão. O operador reparou-o, mas a ANAC não lhe deu licença de voo por ter sido detetada uma não conformidade.
A Everjets contesta a decisão, mas o regulador não cede explicando apenas que está à aguardar pela resolução do problema pelo operador.
O presidente da empresa garante ao jornal que está tranquilo porque a situação é momentânea. Ricardo Dias esclarece que um dos helicópteros em manutenção está pronto e o outro ficará a qualquer momento.
Com o último helicóptero Kamov impedido de voar, o INEM e a Proteção civil ficam sem poder contar com estes aparelhos russos.
O ministério da Administração Interna remete explicações para amanhã, quando o ministro Eduardo Cabrita for ouvido no Parlamento.