A administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras acredita que, apesar da saída de utentes do Sobral de Monte Agraço e de quatro freguesias de Mafra para o futuro Hospital de Loures, não levará ao encerramento de serviços.
Corpo do artigo
«Prevemos que o impacto seja mínimo face ao aumento da população verificada nos últimos dez anos», revelou por escrito à agência Lusa a administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras (CHTV).
A partir de 19 de janeiro, 33.621 habitantes dos concelhos do Sobral de Monte Agraço e de quatro freguesias de Mafra que eram assistidos no CHTV, vão passar a depender de Loures.
No documento, que se baseia nos últimos Censos, a população servida pelo CHTV aumentou 19 por cento, um aumento muito superior aos 1,9 por cento a nível nacional, média ultrapassada pelos concelhos da região que registaram as taxas de crescimento mais baixas.
A população passou dos 172.743 habitantes em 2001 para os 206.364 em 2011, o que contribui para o aumento dos utentes servidos pelo CHTV mesmo com a saída de Mafra e Sobral de Monte Agraço.
Em Mafra, a população aumentou 41,2 por cento, seguindo-se Sobral de Monte Agraço (13,8%), Lourinhã e Torres Vedras (10%) e Cadaval (2,1%).
A administração do hospital informou também que «não há conhecimento de qualquer decisão do Ministério da Saúde quanto à eventual reorganização dos serviços de saúde na região» após a abertura do Hospital de Loures.
Contudo, esclareceu que «qualquer impacto no CHTV só poderá ser objeto de análise pelo menos três meses após o funcionamento em pleno» do Hospital Beatriz Ângelo.