Situação mais estável no Santa Maria. Hospital espera funcionar em pleno no final do ano
Atualmente o hospital tem 38 pessoas internadas nos cuidados intensivos, o que já permite respirar de alívio.
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No Hospital de Santa Maria sempre se deu atenção aos doentes não Covid, até mesmo na fase mais crítica da pandemia. Mas agora, com o abrandar da propagação do vírus e o aliviar da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, essa atenção foi redobrada. No entanto, o diretor clínico, Luís Pinheiro, garante que está preparado um plano B.
"Estamos neste momento a implementar o plano de descalação da resposta Covid e também temos em paralelo preparado o plano inverso, de voltar a subir a resposta Covid, se for necessário em termos de espaços, de recursos e de passos a dar. Temos sempre previstos dois planos, precisamente porque a evolução da pandemia tem sempre algum grau de imprevisibilidade", explicou à TSF Luís Pinheiro.
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Atualmente o hospital tem 38 pessoas internadas nos cuidados intensivos, o que já permite respirar de alívio.
"Estamos nesta fase ao fim de um mês, com a diminuição da pressão Covid. Traz às pessoas, naturalmente, uma sensação de grande satisfação e total alívio, que é absolutamente inquestionável. É desejável que assim seja porque, do ponto de vista anímico, a pressão mantida leva a um nível de exaustão, até psicológico, que importa tentar reverter", afirmou o diretor clínico do Hospital de Santa Maria.
Com uma situação mais estável, Luís Pinheiro acredita que até ao final do próximo ano será possível colocar o Hospital de Santa Maria a funcionar em pleno.
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"O que temos agora no terreno em março e para os meses seguintes é que o hospital, até ao final do ano 2021, tenha um funcionamento não Covid pleno, no sentido de nos aproximarmos daquilo que era a atividade do ano 2019. É conviver com a Covid de forma a que não impeça toda a restante atividade", revelou Luís Pinheiro.
O diretor clínico do Santa Maria lembra que as vacinas vão ter um papel determinante no controlo do número de infeções e que todas podem ser tomadas em segurança, mesmo que exista alguma desconfiança.
"Esse minar da confiança não tem fundamento científico e, portanto, aquilo que todos temos de fazer agora é reforçar essa mesma confiança porque, do ponto de vista clínico e científico, não havia nem nunca houve nenhum dado que, com fundamento, levasse a desconfiar da vacina da AstraZeneca. Esta e outras vacinas são eficazes, são seguras e são necessárias", acrescentou o diretor clínico do Hospital de Santa Maria.
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Só com as vacinas e as habituais medidas de proteção é que o Santa Maria pode manter-se longe dos piores dias da pandemia.