"Não houve respostas positivas do Conselho de Administração" relativamente à atualização dos salários e à evolução para as 35 horas semanais, sublinha dirigente sindical à TSF
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Os trabalhadores da Carris vão avançar para uma greve, no dia 18 de setembro, após terem reunido esta terça-feira com a administração da empresa e de esta não ter dado "respostas positivas" às suas reivindicações. Foi o que explicou à TSF Manuel Leal, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).
"Não houve respostas positivas do Conselho de Administração" no que à atualização dos salários, ao aumento no subsídio de refeição e à evolução para as 35 horas semanais diz respeito.
A decisão é de avançar para uma greve de 24 horas, mas Manuel Leal assegura que a administração tem ainda oportunidade de impedir a paralisação. "Mesmo com um pré-aviso de greve, há toda a oportunidade para as partes tentarem uma aproximação", explica.
O dirigente do STRUP reitera estas ideias à Lusa, no dia em que se reuniu com a administração da Carris, Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital.
Assim, adiantou, o sindicato vai "dar entrada com o pré-aviso de greve para o dia 18 de setembro, conforme decidido em plenário de trabalhadores". A greve de 24 horas abrangerá todos os setores da empresa.
Os trabalhadores da Carris reivindicam um aumento salarial de 100 euros na tabela e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, incluindo os tempos de deslocação no horário de trabalho, bem como a atualização dos valores do subsídio de refeição.
Entretanto, a empresa fez uma atualização de 60 euros, mas o sindicato pede agora que sejam somados 40 euros, de forma a corresponder à reivindicação de mais 100 euros na tabela.
Já em julho os trabalhadores da Carris cumpriram uma greve parcial, exigindo melhores condições de trabalho.
