A empresa está em greve esta terça-feira
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Os trabalhadores da Carris esta terça-feira reunidos em plenário decidiram mandatar o STRUP para conjugar com as restantes organizações sindicais um novo plenário geral após a próxima reunião com o Conselho de Administração da empresa.
Em declarações à Lusa, Manuel Leal, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), disse que o plenário decidiu mandatar o sindicato para “após a próxima reunião de negociação que está marcada para o dia 20, se conjugar com todas as organizações sindicais a realização de um plenário geral”.
Nesse, de acordo com o sindicalista, os trabalhadores irão analisar o estado do processo negocial, após a reunião com o Conselho de Administração da Carris, e “tomarão as decisões que na altura se revelarem necessárias”.
Manuel Leal disse ainda que está a ser um “dia positivo de adesão à greve”, apesar de haver adesões diferentes em resultado dos setores em si, e em função “das condicionantes que foram colocadas, particularmente em relação ao setor do tráfego”.
“Houve imposição de serviços que consideramos máximos em 12 carreiras que estão a condicionar fortemente a adesão de trabalhadores que, em situação normal, adeririam à greve, mas fruto de estarem obrigados a estes serviços máximos não a estão a poder fazer”, explicou, salientando, por isso, que a adesão “está na ordem dos 60%”.
Segundo Manuel Leal, em termos do setor oficial “as adesões são superiores a 90%, sendo que a realidade dos turnos da noite rondou mesmo os 100%”, referiu, sublinhando os níveis de adesão diferenciados em função destas condicionantes.
De acordo com o STRUP, os trabalhadores pretendem “o aumento real e substancial dos salários e do subsídio de refeição, a evolução faseada para as 35 horas semanais e a criação do subsídio compensatório para os trabalhadores dos setores fixos”.
Além disso, o sindicato reivindica “o pagamento das deslocações aos trabalhadores do tráfego sem a contabilização dos bónus”.
A adesão à greve desta terça-feira dos trabalhadores da Carris registou, ao longo da manhã, uma adesão de 22%, o que implicou a supressão de aproximadamente 40% do serviço de transporte público de passageiros, segundo a empresa.
A transportadora rodoviária, que opera em Lisboa e é gerida pelo município, recordou numa nota enviada à Lusa que foram assegurados serviços mínimos para o período da greve (entre as 00h00 e as 24h00).
Por isso, estão a trabalhar a 100% as carreiras 703 (Charneca - Bairro Padre Cruz), 708 (Martim Moniz – Sacavém, Urb. Real Forte), 717 (Praça do Chile – Fetais), 726 (Sapadores - Pontinha Centro), 735 (Cais do Sodré - Hospital de Santa Maria), 736 (Rossio – Odivelas), 738 (Estrada da Luz - Alto de Santo Amaro), 751 (Estação de Campolide - Linda-a-Velha), 755 (Poço do Bispo - Sete Rios), 758 (Cais do Sodré - Portas de Benfica), 760 (Gomes Freire - Cemitério da Ajuda) e 767 (Campo Mártires da Pátria – Reboleira, Metro).
A Carris referiu ainda que “irá continuar a monitorizar estes dados” e fará “todos os esforços com vista a minorar os inconvenientes desta perturbação parcial do serviço”, lamentando eventuais incómodos causados.