Os trabalhadores da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) decidiram, esta tarde, que vão pedir com urgência acompanhamento policial para os funcionários dos turnos nocturnos, depois de mais três trabalhadores terem sido violentamente agredidos.
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A decisão foi tomada num plenário ao início da tarde desta sexta-feira e deverá ser reforçada na resolução que sairá do segundo plenário do dia, agendado para o final da tarde.
Numa nota enviada às redacções, o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) recorda que já tinha alertado a administração da empresa e a Câmara Municipal de Lisboa para a insegurança existente neste sector e que uma das reivindicações centrais é a criação de mecanismos que assegurem a integridade física e moral dos funcionários da EMEL.
De acordo com o sindicato, na noite de quinta-feira três trabalhadores da EMEL foram violentamente agredidos em Campo de Ourique e tiveram de receber tratamento hospitalar.
Ana Pires, do CESP, disse às TSF que a reivindicação de acompanhamento policial é antiga, mas neste momento os trabalhadores chegaram a «um ponto extremo», sobretudo depois de três colegas terem sido «violentamente agredidos e ameaçados com armas brancas», necessitando de atendimento hospitalar.
«É preciso morrer de um de nós na rua para que alguém faça alguma coisa», alertou.
Ana Pires disse ainda que os trabalhadores da EMEL já tiveram segurança, que entretanto perderam com a entrada em vigor das novas competências.
Os trabalhadores já alertaram a administração da EMEL e a Câmara Municipal de Lisboa, mas dizem que ainda não tiveram qualquer resposta.
Contactada pela TSF, uma fonte da EMEL considerou preocupante este acto de violência, mas sublinhou que estes casos não são frequentes.
Em relação ao pedido de acompanhamento policia, fonte da EMEL considera que não faz sentido, porque os fiscais adquiriram competências equiparadas às da polícia, pelo que não faz sentido serem acompanhados por um polícia.