A primeira greve em 60 anos na fábrica de Mangualde contra a política da bolsa de horas está a ter uma "boa adesão".
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Os trabalhadores da PSA/Peugeout/Citroen de Mangualde estão hoje em greve, no primeiro de todos os sábados até ao fim do ano. É um protesto contra uma bolsa de horas que os trabalhadores consideram que ultrapassou os limites.
Em declarações à TSF, o delegado sindical Telmo Reis denunciou que a empresa está a furar a greve que regista um bom nível de adesão.
"A greve está a correr bem. Tivemos uma boa adesão. Foi furada por parte da empresa, que chamaram trabalhadores de outros turnos e prolongar o horário de certos trabalhadores, que deveriam sair às 7h00", acusou.
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Telmo Reis explicou o que está em causa na bolsa de horas. "Quando há falta de peças obrigam-nos a ficar em casa e isso vai aumentando as horas negativas. Há pessoas que têm 100, 200 horas negativas, e não as conseguem pagar", sublinhou.
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Se não chegarem a acordo com a administração, os trabalhadores prometem fazer greve até ao final do ano na fábrica de Mangualde.
Empresa recusa negociações
O diretor-geral da PSA/Peugeout/Citroen garante que a empresa está a funcionar "normalmente", dizendo apenas que há um "impacto na imagem" da empresa. Em entrevista à TSF, José Maria Cuvelo rejeita qualquer negociação com os trabalhadores.
"Temos um contrato assinado com o sindicato que está em vigor até ao final do ano. Neste contexto, a empresa não vai negociar", disse.
Os trabalhadores acusam a empresa de furar a greve, recorrendo a horas extraordinárias. Sobre isso, José Maria Cuvelo diz apenas que empresa se "protegeu com reforços".