Funcionários queixam-se que patrões não usaram ajudas do Estado para pagar aos trabalhadores.
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Os trabalhadores da restauração e hotelaria saem à rua esta quinta-feira, para pedir ao Governo um apoio direto aos funcionários do setor. Francisco Figueiredo, da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), acusa os patrões de terem ficado com as verbas do Governo, em vez de pagarem os salários a milhares de trabalhadores.
"[Os patrões] abandonaram os trabalhadores logo em março, mandaram os trabalhadores para casa, e estes ficaram sem emprego, sem salário. Muitos receberam as verbas de lay-off e apossaram-se delas, não as transferiram para os trabalhadores. Ainda hoje temos empresas que receberam dinheiro de lay-off e os trabalhadores não receberam essas compensações, os salários desses meses", denuncia Francisco Figueiredo.
O sindicato lembra que reivindicou "desde o início que o Governo desse um apoio direto aos trabalhadores, e isso nunca aconteceu".
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A federação exige também o fim das restrições para os restaurantes, para que os trabalhadores possam voltar a receber salários a 100%.
"Não concordamos com as restrições que estão a ser feitas no setor da restauração", sublinhou Francisco Figueiredo, alegando que não existe fundamentação para as regras que têm sido impostas.
"O que nós pretendemos é reabrir as empresas e pôr os trabalhadores a receber a 100%", declarou.
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A FESAHT espera trabalhadores de todo o país para uma concentração nacional de protesto que começa às 11h00, no Ministério do Trabalho, na Praça de Londres, em Lisboa.