Trabalhadores de call center esperam há dois anos por estudo sobre condições do setor
Estima-se que existam atualmente em Portugal 110 mil pessoas a trabalhar em centros de contacto telefónico.
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Há precisamente dois anos, a Assembleia da República pediu ao Governo um estudo sobre as condições de trabalho nos call centers. Dois anos depois, os sindicatos garantem que não tiveram notícia de qualquer avanço. Danilo Moreira, o presidente do sindicato dos trabalhadores dos call centers, garante que não foram resolvidos os problemas de há dois anos, nomeadamente a questão do trabalho precário
"Que tenhamos conhecimento, não foi feito qualquer estudo. Quando lançámos a petição para a regulamentação da profissão, houve algumas sessões parlamentares, mas, até à data, o estudo ficou na gaveta, certamente", garante à TSF.
O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center refere que os problemas de há dois anos continuam os mesmos. Trata-se de um setor "bastante precário, com muitas empresas de trabalho temporário".
"Nos próprios departamentos do Estado os trabalhadores estão a receber o ordenado mínimo através de empresas de trabalho temporário, por exemplo, o call center da segurança social, do IEFP", sustenta Danilo Moreira.
Estima-se que existam atualmente em Portugal 110 mil pessoas a trabalhar em centros de contacto telefónico.