Sindicatos tomaram a decisão por causa da falta de segurança para funcionários e utentes.
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Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa adiaram uma semana, para o dia 17 de abril, a greve de 24 horas prevista para a próxima sexta-feira, revelou à Lusa fonte sindical.
De acordo com Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), o adiamento de uma semana está relacionado com a falta de segurança devido à obrigatoriedade de serviços mínimos decretados na terça-feira pelo tribunal arbitral do Conselho Económico e Social.
«As organizações sindicais do Metropolitano reuniram, ponderaram as questões que tinham nesta altura em cima da mesa e acharam que não estão reunidas as condições de segurança quer para os utentes quer para os trabalhadores», disse a sindicalista.
Por isso, acrescentou, os sindicatos «decidiram suspender esta greve, substituindo-a por outra que está marcada para o próximo dia 17. A luta vai continuar contra esta intenção de privatização. Mudámos apenas o dia 10 para o dia 17».
Os trabalhadores do Metro de Lisboa e da rodoviária Carris estão em protesto contra a subconcessão das empresas, que está em concurso.
O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social decretou na terça-feira serviços mínimos para as greves de sexta-feira dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e da rodoviária Carris.
No caso do Metro, o organismo decretou que «no período entre as 07:00 e as 21:00 devem ser asseguradas, em todas as estações e por cada período de uma hora de funcionamento, 25% das composições habitualmente afetas ao transporte de passageiros».
Já no caso da Carris, o tribunal arbitral decidiu como serviços mínimos o «funcionamento do transporte exclusivo de cidadãos portadores de deficiência de acordo com o regime normal em vigor», bem como o «funcionamento das carreiras 703 [Charneca do Lumiar-bairro de Santa Cruz] e 751 [Linda-a-Velha-Estação de Campolide]».