Os trabalhadores acusam o Governo de não avançar no processo negocial. Para terça-feira está marcada uma reunião com o Executivo. Caso exista uma “resposta concreta, então “cancelam a greve do resto da semana”
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Os trabalhadores dos Transportes Urbanos de Coimbra começam esta segunda-feira um greve de cinco dias. Os assistentes operacionais acusam o Governo de não avançar no processo negocial. O município considera esta greve uma a luta política e não sindical.
Ouvida pela TSF, a coordenadora da direção-regional de Coimbra do STAL, Luísa Silva, adianta que dos 104 comboios previstos apenas saíram dois: “Hoje não há transportes em Coimbra.”
Os trabalhadores estão em greve “porque estão há muito tempo a lutar pela recuperação das suas carreiras, para voltarem a ser motoristas e não assistentes operacionais”, afirma.
Luísa Silva sublinha ainda que o Governo de Luís Montenegro, já em fase demissionária, “prometeu aos trabalhadores que até ao dia das eleições teria um dossiê de carreiras pronto para aprovar com o novo Governo”.
“O que é certo é que decorreram as eleições e não foi feita nenhuma reunião. Não foi feito nada”, atira.
Os trabalhadores dos Transportes Urbanos de Coimbra têm uma reunião marcada para terça-feira com o Executivo. Luísa Silva admite que, caso exista uma “resposta concreta, então “os trabalhadores cancelam a greve do resto da semana”.
Não foram decretados serviços mínimos para esta greve, que decorre numa altura em que se vive a queima das fitas na cidade dos estudantes.
Esta será a terceira greve dos trabalhadores dos SMTUC este ano, depois de terem cumprido dois dias em fevereiro e três em março, num calendário de luta que aumenta um dia todos os meses até setembro, mês em que deverão realizar-se as eleições autárquicas, totalizando 40 dias de paralisação.