"Trabalhadores não estão a exigir mais do que aquilo que já tinham." Greve nos bares da CP com adesão total
Em declarações à TSF, Luís Batista, do Sindicato da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, refere que a greve não tem data para terminar
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A greve dos trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso da CP conta, esta quarta-feira, com uma adesão de 100%. A paralisação, que começou às 09h00, ainda não tem data para terminar.
Em declarações à TSF, Luís Batista, do Sindicato da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, adianta que ainda não se consegue prever o final desta greve, sublinhando que poderá ser prolongada caso a empresa não responda às reivindicações dos trabalhadores.
Esta é já a sexta paralisação desde março, data em que a empresa ITAU (Instituto Técnico de Alimentação Humana) assumiu a nova direção.
"O Acordo de Empresa não está a ser cumprido, neste momento, pela ITAU", refere o sindicalista, afirmando que em causa estão os direitos destes trabalhadores. "A ITAU quando chegou e tomou posse decidiu cortar o Acordo de Empresa, que é uma obrigação legal", aponta, vincando que "os trabalhadores não estão a exigir mais do que aquilo que já tinham".
Luís Batista diz que estes trabalhadores contribuem para o aumento das receitas da ITAU e reforça que o problema não é falta de dinheiro.
A ITAU tem dinheiro. São quase 14 milhões de euros para explorar este serviço, além do dinheiro que nós geramos todos os dias. Tem todas as condições económicas para cumprir, o que a ITAU quer fazer é amealhar mais uns milhões de euros à conta da exploração dos trabalhadores que viram os seus rendimentos a serem cortados
Os trabalhadores vão reunir-se em plenário, ainda esta manhã, e esperam já saber quando vão terminar o protesto.
