Trabalhadores subcontratados da Segurança Social manifestam-se esta quinta-feira
Na manifestação será reivindicado que todos os trabalhadores das empresas de trabalho temporário, RHmais e Heading-Recursos Humanos, sejam integrados no mapa de pessoal do ISS-IP e tenham um contrato de trabalho.
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Os trabalhadores do Instituto de Segurança Social (ISS-IP) subcontratados a empresas de trabalho temporário manifestam-se nesta quinta-feira em Lisboa contra a precariedade do seu vínculo laboral e em defesa da integração nos quadros do instituto.
Elisabete Gonçalves, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) disse à agência Lusa que estes trabalhadores, 200 em todo o país, asseguram tarefas permanentes, nalguns casos há três anos, mas continuam a ser subcontratados.
"É uma situação que temos vindo a contestar a mais de um ano, pois no ano passado estes trabalhadores, que integram as equipas do ISS, receberam cartas de rescisão, o que acabou por ficar sem efeito, depois de muitas diligências e protestos, mas continuam sem saber o que o futuro lhes reserva", disse.
A federação convocou a concentração junto à sede do ISS, que deverá integrar dirigentes e ativistas sindicais e trabalhadores de Lisboa, para exigir que todos os trabalhadores das empresas de trabalho temporário, RHmais e Heading-Recursos Humanos, sejam integrados no mapa de pessoal do ISS-IP e tenham um contrato de trabalho.
A concentração contará com a presença do coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana. O dirigente da Frente Comum de Sindicatos manifestou, em declarações à TSF, uma expectativa positiva em relação à proibição de empresas com trabalhadores precários de facultarem serviços ao Estado, para contratos de mais de um ano. "Qualquer que seja a redução de precariedade na administração pública é positiva, mas ainda mais positiva que isso era a ausência de recurso a sistemas de outsourcing, que infelizmente são uma realidade ainda na administração pública."
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"Tudo o que seja caminho da redução da precariedade é bom, é preciso é não tapar o sol com a peneira e tentar abandonar, de uma vez por todas, os sistemas de outsourcing que trazem prejuízos enormes para os trabalhadores, como no caso do Instituto da Segurança Social", argumenta Sebastião Santana.
O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública considera que a subcontratação de trabalhadores no setor público "é uma situação perfeitamente inaceitável, ainda por cima num instituto que se diz da Segurança Social".
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"Temos mais de uma centena de trabalhadores que continuam teimosamente a trabalhar, ano após ano, sem qualquer vínculo ao Instituto da Segurança Social. Queremos que os trabalhadores sejam integrados, porque objetivamente estão integrados em equipas de trabalho com caráter permanente."
* Atualizado às 09h08