Depois do aviso do ministro da Educação de que "isto não são férias",professores, alunos e encarregados de educação têm estado ligados através das plataformas digitais da Escola Virtual e da Aula Digital, da Porto Editora e da Leya, respetivamente.
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Se, durante as décadas de 1960 a 1980, muitos alunos portugueses fizeram a sua aprendizagem através da tele-escola, diante da televisão, com os professores à distância, agora são os computadores que permitem que, mesmo com o isolamento imposto pela pandemia, os jovens continuem a aprender, em ambiente virtual e com manuais digitais.
Depois do aviso do ministro da Educação de que "isto não são férias",professores, alunos e encarregados de educação têm estado ligados através das plataformas digitais da Escola Virtual e da Aula Digital, da Porto Editora e da Leya, respetivamente.
Contactadas pela TSF, as duas editoras afirmam que estão a receber dezenas de milhares de contactos e o tráfego aumentou exponencialmente. Ao mesmo tempo, tentam esclarecer dúvidas e resolver dificuldades.
A editora Leya, que disponibilizou gratuitamente a plataforma digital Aula Virtual, disse à TSF que triplicou o tráfego desde segunda-feira, altura em que deixaram de ser dadas aulas presenciais.
A direção de comunicação da Leya refere por exemplo que a funcionalidade que permite a partilha de conteúdos entre professores e alunos registou, de terça para quarta-feira, mais de 5500 registos de turmas criadas .
E porque algumas crianças deixaram os livros na escola, a Leya disponibilizou também os manuais em formato digital a todos os alunos do ensino privado e das ilhas.
Sobre algumas dificuldades reportadas por professores e famílias, a Leya admite que, sendo diferente a tipologia de uso, as dúvidas são normais, e é por isso que as linhas de apoio têm estado ativas, esclarecendo sobre como criar aulas, associar alunos a uma turma ou partilhar testes e trabalhos,. Para este esclarecimento, a direção de comunicação da Leya disse ainda à TSF que "está a enviar e-mails com tutoriais sobre como tirar o maior proveito da plataforma nesta realidade de ensino à distância".
Também a Porto Editora, que disponibilizou gratuitamente a Plataforma Digital da Escola Virtual, admite, em declarações à TSF, que "o grande desafio tem sido o de responder às largas dezenas de milhares de contactos que têm recebido quase em simultâneo".
A Porto Editora refere que "a capacidade dos servidores tem estado a ser sucessivamente aumentada para dar resposta a um aumento exponencial de utilizadores." Admite a Porto Editora que este" é um desafio de grande complexidade e exigência".
Já no ensino superior, a plataforma Colibri, para ensino à distância, registou 63 mil participantes em 2700 aulas ou reuniões só na segunda-feira, primeiro dia de suspensão de aulas presenciais devido à pandemia.
A Fundação para a Ciência e Tecnologia anunciou também que está a reforçar a capacidade da plataforma que permite o ensino à distancia através de aulas virtuais.