"Transmiti posição do Governo." Medina continua convencido que se justifica aumento do IUC
O grupo parlamentar do PS deixou cair o aumento do Imposto Único de Circulação no último dia do prazo para a entrega de propostas de alteração ao Orçamento do Estado.
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O ministro das Finanças, Fernando Medina, não mudou de opinião e continua a defender o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC). Ainda assim entende que o grupo parlamentar do PS tenha deixado cair a proposta.
"O que transmiti foi a posição do Governo, de forma muito clara, relativamente àquilo que se tratava e continuo a achar exatamente o mesmo que achava relativamente ao IUC. O IUC tinha duas componentes, uma componente de travão relativamente ao ano, que no fundo foi sempre deturbada pelas oposições, de 25 euros, e uma componente de caminho, de progressão ao longo dos próximos anos. O grupo parlamentar entendeu que, pelo facto de agora irmos para eleições legislativas, sublinhar esse processo de continuidade ao longo dos próximos anos poderia depois ser revertido após essas eleições e que não valia a pena sublinhá-lo neste momento. Por isso vejo com naturalidade. Concordo com a proposta de Orçamento do Estado que apresentei, mas percebo as razões. Quando apresentámos a proposta estávamos a apresentá-la para um Governo de maioria absoluta que se iria manter até ao final da legislatura. A partir do momento em que vai haver eleições e há opiniões distintas sobre a continuidade ou não desta política, percebo a posição do grupo parlamentar", explicou Medina.
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Na última terça-feira, último dia do prazo para a entrega de propostas de alteração ao Orçamento, o grupo parlamentar do PS deixou cair o aumento do IUC, argumentando que é uma questão de justiça social. O líder parlamentar do PS admitiu também que há razões eleitorais para esta decisão dos socialistas.