Autoridade Marítima sublinha que atual governo desbloqueou um problema que se arrastava há vários anos. Número de tripulantes dos salva-vidas vai duplicar.
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A Autoridade Marítima espera completar nos próximos três anos o quadro de agentes nas estações salva-vidas, duplicando o pessoal ao serviço e completando o quadro de pessoal.
A garantia surge meio ano depois de o Chefe do Estado-Maior da Armada ter assumido que o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) não tem pessoal em número suficiente para funcionar, em prontidão, 24 horas por dia.
Declarações feitas depois de um naufrágio na Figueira da Foz onde morreram cinco pescadores e onde a ação de salvamento que resgatou dois sobreviventes foi feita por um agente de folga que vivia a quilómetros de distância.
A Autoridade Marítima garante que o primeiro reforço de meios acontece ainda este ano. O concurso para contratar os primeiros 26 tripulantes já está autorizado, mas ainda não tem data certa para acabar, apesar de dever estar concluído até ao final do ano.
À TSF, o porta-voz da Autoridade Marítima, Nuno Leitão, explica que mesmo sem metade do quadro as estações de salvamento estão sempre de prontidão pois "todos os tripulantes têm atribuído um telemóvel de serviço que toca quando é accionada uma estação".
A ideia da Marinha é mudar o sistema que obriga a chamar, via telemóvel, tripulantes que estão de folga em casa pois este está longe de ser perfeito.
Quando o quadro de pessoal estiver completo, dentro de três anos, todas as 32 estações de salva-vidas do país vão ter sempre um agente preparado a partir para o mar em caso de pedido de socorro.
Por agora, Nuno Leitão explica que as estações só têm 68 elementos o que é "muito pouco para garantir uma prontidão de 24 horas, mas felizmente este governo respondeu aos apelos já feitos no passado e desbloqueou as vagas no quadro com entradas que vão acontecer de forma progressiva para garantir a segurança de proximidade de quem anda no mar".