João Amaral, Francisco Sarsfield de Cabral e Felisbela Lopes decidiram sair do grupo nomeado pelo Governo para definir o conceito de serviço público de comunicação social.
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Felisbela Lopes lembra que trabalha como investigadora sobre a informação televisiva, desde 1994. Por isso, nunca poderia subscrever um documento que propõe precisamente a redução da informação na RTP e o fim do canal de informação da televisão pública no cabo.
Em conversa com a TSF, a investigadora da Universidade do Minho defendeu que só serviço público tem garantido um maior pluralismo na informação, reduzindo as diferenças geográficas.
Felisbela Lopes conclui, no estudo, que o fim da RTP Informação implica, por exemplo, que a esmagadora maioria dos convidados televisivos, na SIC e TVI, sejam de Lisboa.
A investigadora lembra também que Portugal pode ser uma excepção porque em todos os países, a informação nos canais públicos é estruturante.
A TSF falou também com Francisco Sarsfield de Cabral que justificou a sua surpresa com notícias que já anunciavam decisões por parte do Governo. Nesse sentido, considerou que o seu contributo já de nada valia.
Sarsfield de Cabral considerou ainda que o executivo se precipitou po influência da conjuntura económica do país.
Quanto ao coordenador do grupo de trabalho, João Duque, confirma ter sido informado das demissões mas diz desconhecer os motivos das mesmas. No entanto, garante que esta situação não vai afectar em nada as conclusões que vão ser apresentadas esta sexta-feira.
Já contactado pela TSF, o gabinete do ministro Miguel Relvas diz que não vai fazer qualquer comentário sobre este caso.