Três mortos e cinco feridos graves nas primeiras 24 horas da Operação Ano Novo
O secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, pede aos condutores que evitem comportamentos de risco "nomeadamente, a velocidade, o álcool, a falta de descanso e o uso indevido do telemóvel".
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O Comando Nacional da GNR alerta para que os condutores evitem os excessos nesta época, depois de nas primeiras 24 horas da Operação Ano Novo se terem registado três mortes - em Aveiro, Leiria e Vila Real - e cinco feridos graves, num total de 269 acidentes.
"Lamentamos a ocorrência de três mortes e cinco feridos graves. Este período, como sabemos, é um período associado a excessos, nomeadamente a um elevado consumo de bebidas alcoólicas. No entanto, os condutores não podem e não devem esquecer-se que são os principais responsáveis pela sua segurança e pela segurança das pessoas que transportam consigo", disse o major Pereira Beleza, do Comando Nacional da GNR, à TSF.
Este sábado, o secretário de Estado da Proteção Civil juntou-se à GNR numa ação de sensibilização e fiscalização na portagem dos Carvalhos, perto do Porto. Em declarações registadas pela SIC Notícias, Artur Neves lamenta que o balanço deste primeiro dia de operação esteja em linha com os números da operação de Natal na qual se registaram cerca de 1300 acidentes, 15 mortos e 29 feridos graves.
"Os números estão na linha daquilo que aconteceu no ano passado, constituem uma preocupação. Daí a mobilização que temos. Há vários mortos ao longo do mês. No ano passado, no mês de dezembro morreram 59 pessoas nesse período, o que está em linha este ano com o que aconteceu ao longo de todo o ano passado. E daí a necessidade de todos mobilizarmos a sociedade civil, em particular aqueles que nesta área trabalham quase todos os dias, para encontrarmos novas formas de sensibilização dos condutores e encontrarmos formas e medidas capazes de mitigar a sinistralidade em Portugal."
O secretário de Estado da Proteção Civil diz ainda que, perante os números da sinistralidade, o reforço de militares da GNR faz todo o sentido.
"É uma das medidas que foi aprovada no meio do ano, com um plano de fiscalização para todo o território nacional, muito focado nas zonas de maior risco, no sentido de fazermos diminuir a sinistralidade. A presença dos agentes da autoridade é, naturalmente, uma presença dissuasora, de fiscalização, mas sobretudo de prevenção. É esse o objetivo: evitarmos comportamentos de risco, nomeadamente, a velocidade, o álcool, a falta de descanso, o uso indevido do telemóvel, que contribuem para a sinistralidade que temos."