Aniversário TSF: Trinta e cinco anos depois, a rádio recorda o grande incêndio do Chiado
A TSF celebra 35 anos com uma semana de emissões fora da rádio. Esta segunda-feira, em direto do Chiado, a TSF relembra o incêndio que, em 1988, mudou a baixa lisboeta.
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Esta manhã, estamos nos Armazéns do Chiado, em Lisboa, para iniciar a semana de aniversário da TSF. Trinta e cinco anos depois, a rádio que mudou a rádio volta ao local onde realizou a reportagem do grande incêndio do Chiado, que mudou a face no centro comercial da cidade.
Aqui, começou a mudança. Vamos recordar outras formas de fazer reportagem, na rádio, e novas formas de tornar o centro da cidade apetecíveis para o comércio.
A TSF não nasceu no Chiado. A rádio que mudou a rádio foi criada numa cave, no número 32 da Rua Ilha do Pico, na zona de Arroios, em Lisboa, a meados da década de oitenta. Ganhou voz regular, ainda em 1988, a partir dos estúdios da Torre 2 das Amoreiras.
Era uma rádio local pirata e no dia 25 de agosto de 1988, quase seis meses depois de nascer, a rádio estava em direto do Chiado em chamas.
A rádio que andava nos ouvidos dos lisboetas foi a rádio que informou, ao longo do dia, a destruição de uma zona histórica de Lisboa. Elisabete Caramelo trabalha há vários anos na Fundação Gulbenkian, foi uma das fundadoras da TSF Rádio Jornal e uma das repórteres que contou o que estava a acontecer a 25 de agosto de 1988, no Chiado. Trinta e cinco anos depois, relembra o que viu e como foi fazer reportagem sem telemóveis.
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José Manuel Mestre, jornalista da SIC, e outro dos fundadores da TSF, também fez a cobertura do grande incêndio do Chiado, em 1988. Esta segunda-feira, recorda o cenário que parecia de guerra, como enviou o primeiro som e o que viu 10 minutos depois de ter acordado.
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Durante quase cem anos, os Grandes Armazéns do Chiado foram a âncora do comércio entre a baixa lisboeta e o Chiado. A grande tradição das galerias comerciais de Paris, Londres e Itália foi replicada em Lisboa.
Em 1988, quando o fogo destruiu toda esta zona, quase todo o brilho desapareceu. O Chiado e a Baixa estavam decadentes e estava a nascer a era dos centros comerciais.
A reconstrução da baixa, destruída pelo incêndio de 25 de agosto de 1988, teve o projeto aprovado em 1989, com um projeto do arquiteto Álvaro Siza, mas foi só em 1995 que as obras avançaram.
Hoje, a grande loja manteve o nome, mas é um centro comercial, com a tradicional fachada mantida e virada para a Rua Garrett, cheia do turbilhão da nova Lisboa capital turística. Em direto na TSF, Ricardo Esteves, diretor dos Armazéns do Chiado, explica quais os fatores de sucesso de um centro comercial como os Armazéns do Chiado, destacando a localização privilegiada, a oferta comercial e um concerto que acontecerá esta terça-feira.
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No início desta semana de aniversário da TSF, David Borges, antigo diretor da rádio, recorda momentos marcantes do seu percurso na TSF.
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