A "troika" quer que Portugal aumente as taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas o ministro da Saúde Paulo Macedo diz que não é esse o caminho que o Governo quer seguir.
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Amanhã os credores estão de regresso a Lisboa e podem contar desde já com a determinação reafirmada do ministro da Saúde em não aumentar de novo as taxas moderadoras. A "troika" tem insistido, mas Paulo Macedo diz que não é esse o caminho que defende.
«Não é essa a nossa intenção, pensamos que as taxas moderadoras devem ter uma evolução de acordo com a inflação, ou seja, de cinco cêntimos nas urgências e nas consultas hospitalares e zero naquilo que foi o acesso aos cuidados primários», explica.
Questionado também pelos jornalistas à margem da conferência promovida pela revista britânica The Economist sobre o regresso de apenas 24 médicos ao setor público, quando existiam 100 vagas, o ministro da Saúde rejeita que tenha sido um fracasso.
O bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva não fica espantado com o facto de só terem respondido 24 médicos, alegando que são necessários mais incentivos.