O incêndio em julho teve início numa descarga elétrica muito próxima do local.
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirma as suspeitas iniciais quanto às causas do fogo que no mês passado matou um bombeiro e feriu outros três na serra da Lousã. Os meteorologistas analisaram os dados do dia 11 de julho e identificaram um relâmpago pouco depois das 18h00 no local.
O coordenador do estudo Nuno Moreira explica à TSF que os dados corroboram a suspeita inicial de trovoada, fumo junto ao solo e mudanças de vento.
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"Foi confirmado cada uma delas, ou seja, foi identificada uma descarga elétrica muito próxima do local, no início da ocorrência. Foi identificado, igualmente, uma diminuição muito significativa da altura da camada limite, o que faz com que os fumos possam ficar retidos junto às camadas mais baixas, perto do solo", adianta.
Nuno Moreira diz ainda que foram identificadas variações no rumo do vento e na intensidade, o que pode ter aumentado a prospeção e dispersão do incêndio.
Na altura, fonte da autarquia da Lousã confirmou à Lusa que o incêndio foi antecedido por uma trovoada seca, acompanhada por vento forte. Mais de 220 bombeiros de diversas corporações dos distritos de Leiria e Coimbra combateram o fogo.
O Ministério da Administração Interna determinou a instauração de um inquérito às circunstâncias em que ocorreu a morte do bombeiro.
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