Trust in News. Trabalhadores "com reservas" sobre plano de reestruturação, Sindicato acredita em "solução"
O presidente da Trust in News, Luís Delgado, apresenta esta sexta-feira o plano de reestruturação da Trust in News em tribunal. A TSF falou com o Sindicato dos Jornalistas e a Comissão de Trabalhadores, que esperam resultados diferentes para o futuro
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Os trabalhadores da Trust in News (TiN) não têm confiança no plano de reestruturação que vai ser apresentado, esta sexta-feira, em tribunal, pelo acionista único do grupo, Luís Delgado.
A insolvência do grupo que detém 17 marcas, entre as quais a revista Visão, o Jornal de Letras e a Exame, foi decretada a 4 de dezembro, ficando por pagar salários, subsídios de férias, de Natal e de refeição. Em declarações à TSF, Rui Rocha Ferreira, da Comissão de Trabalhadores, afirma que os colaboradores perderam a confiança na administração depois de várias garantias que não foram cumpridas.
“Foi a promessa recorrente do pagamento dos salários em atraso, e a situação só vem a piorar, e foi a promessa do investimento por parte do acionista que nunca acabou por acontecer”, adianta à TSF Rui Rocha Ferreira, acrescentando que a administração tinha garantido que este investimento iria resolver os problemas salariais da empresa.
“Os trabalhadores acabam por ter aqui muitas reservas sobre aquilo que é uma capacidade real da administração anterior em levar a empresa para um caminho positivo”, conclui.
Já o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Luís Simões, considera que é importante fazer de tudo para salvar os títulos. “É importante defender os títulos, preservar os títulos e, por outro lado, defender postos de trabalho de mais de 100 pessoas”, sublinha.
Ao contrário do porta-voz da Comissão de Trabalhadores, Luís Simões tem esperança num futuro positivo para a TiN. “Eu acredito que vamos ter uma solução muito em breve. Foi lamentável que deixássemos chegar a este ponto, onde estão ameaçadas pessoas, postos de trabalho e títulos tão importantes para o país e para o jornalismo em Portugal”, afirma.
