A operação envolveu vigilantes do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e elementos da empresa Flying Sharks
Corpo do artigo
Um tubarão perna-de-moça que estava retido na Lagoa de Santo André, em Santiago do Cacém, foi devolvido ao mar este sábado numa operação que envolveu vigilantes da natureza do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e elementos da empresa Flying Sharks, especialista em captura e transporte de tubarões. O animal, uma fêmea adulta com 1,5 metros, foi detetado esta sexta-feira no local por uma equipa da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo.
Durante as últimas horas o tubarão foi monitorizado, esperando-se que, na maré cheia, pudesse sair da lagoa sozinho, mas como não aconteceu e o local não tinha condições ecológicas para a sua sobrevivência durante muito tempo, o ICNF e a Flying Sharks avançaram com a captura e libertação do animal em mar aberto, em segurança.
“Felicito todos os envolvidos neste trabalho, que permitiu devolver ao mar este tubarão fêmea, que não iria sobreviver se continuasse na Lagoa de Santo André. Ações como esta, a que o ICNF já nos habituou, são de extrema importância para a preservação da vida marinha. Os tubarões perna-de-moça desempenham um papel vital no ecossistema oceânico e é nosso dever protegê-los de qualquer tipo de ameaça”, afirmou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Esta espécie de tubarão está presente nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, podendo atingir os dois metros de comprimento. Alimenta-se de peixes ósseos e cefalópodes, como polvos e lulas, por exemplo.