Continua a polémica sobre as questões de segurança e socorro no Túnel do Marão
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Seis meses depois de ter sido criado um Plano de Prevenção e da revisão dos Plano Prévio de Intervenção, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e do Plano de Emergência Interno, pela Infraestruturas de Portugal (IP), continua a polémica sobre as questões de segurança e socorro no Túnel do Marão.
Ouvido pela TSF, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real acusa a IP de não cumprir o que está estipulado no contrato e denuncia a falta de um veiculo de assistência adequado para intervir em caso de acidente no interior da infraestrutura. "É um carro que leva água, produtos químicos, que pode funcionar com pouca visibilidade", explica Rui Santos.
O autarca lamenta que a situação se mantenha desde que o túnel foi inaugurado e acusa a IP de faltar ao prometido: "É um investimento caro, que ultrapassa meio milhão de euros mas que foi contratualizado e prometido e que nós esperamos ansiosamente."
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Em caso de acidente, atualmente a única opção é recorrer aos carros das corporações de bombeiros de Vila Real e de Amarante, que estão alternadamente em permanência no túnel.
Rui Santos lembra, ainda assim, que estes carros têm pouca capacidade de armazenamento de agua: "O carro tem sido substituído por um carro de bombeiros de Vila Real e outro de Amarante, mas aquele que é adequado ainda não chegou."
Um incêndio num autocarro de passageiros, em junho de 2017, levantou várias questões sobre a demora na assistência em caso de acidente. O episódio levou à criação do referido plano de prevenção e à revisão dos planos de emergência e intervenção mas a polémica sobre as questões de segurança e socorro no interior da infraestrutura parece estar longe do fim.
O Túnel do Marão, que liga Amarante a Vila Real, abriu em maio de 2016 e tem duas galerias gémeas, cada uma com duas faixas de rodagem e com um comprimento de 5665 metros.