
Reuters
São contas da Associação Empresarial de Portugal e de um grupo que reúne cerca de 20 empresas do setor. O estudo, que vai ser hoje apresentado, mostra que Portugal tem oferta e qualidade para atrair turistas que venham fazer tratamentos de saúde, como operações às cataratas ou colocação de próteses.
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O documento "Definição da estratégia colectiva para o setor do Turismo de Saúde e Bem-Estar Português", que é hoje apresentado no Porto, foi preparado pela Accenture e Neoturis para o Health Cluster Portugal e para a Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, parceiras no projeto.
O diretor executivo do Health Cluster Portugal disse à TSF que Portugal tem condições para desenvolver o turismo de saúde. Joaquim Cunha sublinha, no entanto, duas fragilidades: «não temos uma tradição de colaboração entre as diferentes entidades. para responder a este desafio vamos precisar desta colaboração porque aquilo que vendemos, na área do turismo de saúde, é sempre um produto composto. O outro aspeto é a reputação, temos um défice na reputação».
Por isso, é proposta a criação de uma plataforma virtual para a «promoção daquilo de bom que temos e na divulgação das nossas competências».
A médio prazo, diz Joaquim Cunha, dentro de quatro ou cinco anos, com uma boa estratégia de promoção no turismo médico e no turismo de bem estar, o mpaís pode ganhar perto de 400 milhões de euros por ano.
O turismo de saúde integra o turismo médico, que pode ser reativo, quando a intervenção é necessária por questões de saúde, ou proativo, quando se trata de uma decisão da pessoa, como estética ou fertilizações em vitro, e o turismo de bem estar.
A análise centra-se no turismo médico reativo e elege sete mercados onde a procura se adequa melhor à oferta portuguesa: Áustria, Holanda, Suécia, Reino Unido, França, Espanha e Alemanha.
Os procedimentos com maior potencialidade são a cirúrgia às cataratas, artroplastia da anca, angioplastia coronária, colecistectomia, hérnia inguinal e femoral, artroplastia do joelho e prostatectomia.
Na estética, Portugal tem potencial e competitividade em intervenções como o aumento ou redução do peito, facelifts, rinoplastias ou abdominoplastia, listou o diretor executivo do Cluster.