Turismo: linhas de crédito para empresas afetadas pelos fogos vão ser conhecidas nas "próximas horas"
Uma casa ardeu, em Mondim de Basto, um abrigo de animais, em Idanha-a-Nova, e uma viatura dos bombeiros de Alcochete, em Vila Real. Acompanhe na TSF
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Uma viatura de combate a incêndios dos bombeiros ardeu esta segunda-feira, sem feridos, durante o combate ao incêndio que começou sábado em Sirarelhos, Vila Real, disse fonte da Proteção Civil.
A equipa de cinco elementos proveniente de Alcochete estava a combater o fogo, não tendo conseguido retirar o veículo florestal de combate a incêndios que foi apanhado pelas chamas, tendo-se os bombeiros colocado a salvo.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estão mobilizados para esta ocorrência cerca de 456 operacionais e 150 viaturas e sete meios aéreos.
O Itinerário Principal (IP4) reabriu ao trânsito pelas 19h15, entre os nós da Campeã e de Arrabães, depois de ter estado cortado por causa de um incêndio que lavra em Vila Real, segundo a GNR.
Devido à falta de visibilidade provocada pelo fumo intenso, o IP4 foi cortado nos dois sentidos, entre os nós de Campeã e Arrabães, numa zona onde lavra um incêndio que deflagrou sábado à noite em Sirarelhos, Vila Real.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que a via está completamente circulável desde cerca das 19h15.
Este fogo que se estendeu ao concelho de Mondim de Basto, mobilizava pelas 19h00 cerca de 530 operacionais e mais de 170 viaturas.
Em Mondim de Basto continua cortada a Estrada Nacional 304, entre o Alto do Velão e Ermelo.
"Está por horas" o anúncio de linhas de crédito para as empresas de turismo afetadas pelos incêndios florestais que têm atingido Portugal continental nos últimos dias.
A informação é adiantada à TSF pelo presidente do Turismo do Norte, Luís Pedro Martins, depois de contactos com o Governo liderado por Luís Montenegro.
O líder do Turismo do Norte acrescenta também que os apoios deverão ser 90% a fundo perdido.
As linhas de apoio vão ter (e a expectativa é essa) instrumentos financeiros que possam chegar 90% a fundo perdido, que possam ascender a alguns milhares de euros por candidatura. (...) A informação que temos é que está, eventualmente, por horas o anúncio destas medidas.
Luís Pedro Martins lamentou ainda o impacto que os fogos tiveram no setor e na região: "Não sabemos quando é que vão voltar a recuperar."
O incêndio no concelho de Vila Real chegou a ser dado como em fase de rescaldo, mas continua a lavrar. O incêndio que começou na noite de sábado envolve mais de 400 bombeiros e sete meios aéreos, mas já não há aldeias em risco.
"Temos a registar três estradas interrompidas: a Estrada Municipal 1211, entre Gontães e Vila Cova; a Estrada Municipal 564 entre o Gontães e Pena; e a Estrada Nacional 304, entre Alto do Velão e Ermelo. Tivemos algumas aldeias durante a manhã em que teve que haver confinamento das populações, Ermelo e Pardelhas, neste momento, sem perigo e sem impacto que tenha resultado para as populações. O incêndio desenvolve-se na área de dois concelhos, no concelho de Vila Real, onde temos dois destes setores, e no concelho de Mondim de Basto, onde está o setor mais ativo", disse o comandante Miguel David.
Uma casa foi atingida pelo fogo em Ermelo, Mondim de Basto, onde há três focos de incêndio que continuam a merecer a atenção dos operacionais, disse o presidente da Câmara.
“Em Ermelo, tivemos uma casa que foi alvo do incêndio e que é, até ao momento, a única habitação atingida no concelho”, afirmou Bruno Ferreira, que explicou que se trata de uma antiga casa florestal que foi transformada em casa de habitação e que “foi totalmente fustigada”.
O fogo que começou sábado em Sirarelhos, Vila Real, propagou-se para Mondim de Basto onde há três focos ativos, não ligados, "a precisar de bastante atenção", nomeadamente em Pardelhas, Ermelo e Fervença.
O presidente da Câmara de Mondim de Basto referiu ainda que, em Pardelhas, o fogo “continua muito perto” da aldeia, enquanto em Fervença as "máquinas de rasto deram "uma grande ajuda ao combate".
Ainda em Pardelhas, houve uma situação de falta de água potável, provavelmente pela utilização na prevenção ao incêndio, pelo que a autarquia já reforçou os depósitos da aldeia.
Neste concelho, mantém-se cortada ao trânsito a Estrada Nacional 304, que liga o Alto do Velão a Ermelo.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 17h15 estavam mobilizados para esta ocorrência cerca de 506 operacionais e 162 viaturas e oito meios aéreos.
O incêndio que passou por Idanha-a-Nova na semana passada destruiu um abrigo de animais e a casa de um casal inglês. Os cães e gatos vão ser entregues a famílias de acolhimento, mas "não chega". Outros animais, como vacas e cavalos, ficaram "completamente sem comida. Não há pasto". A Junta de Freguesia pede ajuda.
O candidato presidencial António José Seguro pediu esta segunda-feira que se faça um pacto entre gerações sobre a prevenção de incêndios e o ordenamento das florestas, considerando que o Estado “não pode apenas reagir, tem de agir”.
Em declarações aos jornalistas na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Oeiras, António José Seguro defendeu que os incêndios florestais e a devastação que provocam “não podem ser um novo normal que se repete todos os anos”.
O fogo que atingiu o concelho de Arouca na semana passada alastrou-se a Castelo de Paiva, que dá agora conta de um "prejuízo avultado" provocado pelas chamas, que terão consumido "mais de dois mil hectares" do território.
Em declarações à TSF, o autarca de Arouca, José Rocha, dá conta de que uma fábrica de cozinhas regista já um prejuízo de "200 mil euros" devido ao fogo, ainda que os postos de trabalho ou laboração não tenham sido colocados "em risco".
José Rocha sublinha igualmente que as explorações agrícolas estão a fazer o levantamento de todos os prejuízos, para depois ser possível dar uma resposta fina ao Ministério da Coesão Territorial.
"Ainda estamos a fazer o levantamento no que diz respeito às pequenas explorações agrícolas: foram afetados desde a olivais a vinhas e também temos aqui alguma apicultura que ficou afetada", acrescenta.
O autarca agradece, por isso, a visita do ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que passou por alguns dos locais atingidos pelas chamas.
O secretário de Estado da Proteção Civil disse esta segunda-feira que "ainda não foi necessário acionar" o mecanismo europeu de proteção civil para combater os incêndios em Portugal, esclarecendo que é ativado "em último recurso".
"O mecanismo europeu [de proteção civil] é acionado em último recurso. Neste momento em Vila Real estão nove meios aéreos a combater o incêndio e temos um dispositivo de 72 meios aéreos. Na semana passada, uma semana crítica, nunca tivemos todos os meios aéreos empenhados", afirmou Rui Rocha, em entrevista à SIC Notícias.
O secretário de Estado sublinhou também que muitas vezes os meios aéreos não conseguem atuar devido às condições meteorológicas e ao fumo, tendo-se verificado esta situação nos fogos de Ponte da Barca e Arouca.
"Até ao momento ainda não se verificou necessário acionar o mecanismo europeu. Se porventura se vier a verificar a sua necessidade, com toda a certeza que o faremos", disse, sublinhando que a situação "é similar em Espanha, França Itália e Grécia".
O incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês consumiu cerca de "5786 hectares" daquela zona natural protegida, confirmou esta segunda-feira o presidente da Câmara de Ponte da Barca, em declarações à TSF.
Numa nota enviada à TSF, o ICNF especifica que a área ardida com o incêndio de Ponte da Barca corresponde a 7550 hectares, sendo que cerca de 5786 hectares são afetos ao Parque Nacional da Peneda-Gerês. Os números foram confirmados pelo autarca.
O incêndio que deflagrou na madrugada desta segunda-feira no concelho de Fafe, distrito de Braga, obrigando ao corte da Autoestrada 7 (A7), encontra-se em fase de resolução, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
De acordo com a página da Internet da ANEPC, o fogo, que teve início às 03h44, em São Gens, no concelho de Fafe, já está em "fase de resolução".
O incêndio consumiu área de mato e obrigou esta segunda-feira de madrugada ao corte da A7 em ambos os sentidos, entre Fafe e Basto, no município de Cabeceiras de Basto, e também da Estrada Nacional (EN) 206.
Pelas 12h30, permaneciam ainda no terreno 103 operacionais, apoiados por 34 viaturas.
O incêndio que deflagrou durante a tarde de sábado em Celorico de Basto começa agora a dar tréguas. Em declarações à TSF, o presidente da câmara da região, José Peixoto Lima, descreve uma situação "completamente calma e tranquila".
"Estamos apenas a proceder a trabalhos de rescaldo, quer num pequeno incêndio que ocorreu durante a noite na freguesia de Vale de Ouro, quer também no incêndio de maiores dimensões que ocorreu durante o dia de ontem, em Lourido, na freguesia de Arnóia", explica.
Em Lourido, a área ardida "foi ainda significativa". Ainda assim, o autarca destaca que, deste vez, "contrariamente àquilo que aconteceu no ano anterior", foram mobilizados "muitos meios". "Tenho de agradecer não só ao comando, mas também a toda a Proteção Civil", expressa.
Apesar dos esforços, as chamas chegaram a ameaçar as aldeias de Fridão e Rebordelo, no concelho de Amarante, no domingo. De Celorico de Basto é possível verificar um cenário "quase dantesco no Alvão e também no Marão", já que é possível ver que "a frente de fogo está muito forte".
O comandante dos bombeiros de Amarante, Rui Ribeiro, adiantou igualmente à RTP que ainda existe uma frente ativa, mas não há casas ameaçadas pelas chamas.
Agora, em Celorico de Basto, é tempo de fazer contas aos danos: entre eles, destacam-se já prejuízos em algumas áreas de vinha.
"Os serviços estão neste momento a trabalhar diretamente com os proprietários para que esse levantamento seja feito e depois reportar às entidades competentes para mitigar também esses prejuízos", adianta.
Pelas 12h20, segundo o site da Proteção Civil, no combate ao fogo em Celorico de Basto estavam empenhados 299 operacionais, apoiados por 103 meios terrestres.
O incêndio que lavra desde domingo em Vila Real está perto de duas aldeias, mas, segundo o autarca de Mondim de Basto, ainda não foi preciso tirar as pessoas de casa.
"Temos já cerca de oito quilómetros de área que está neste momento ativa. Temos já duas aldeias confinadas de Ermelo e de Pardelhas. E, neste momento, a indicação que temos é que meios aéreos estarão a caminho porque temos já não só habitações em risco na proximidade de incêndio, mas também o nosso Parque Natural do Alvão, neste momento, está a ser fustigado pelas chamas", disse Bruno Ferreira à TSF.
O autarca de Ponte da Barca fala em "elevados prejuízos" devido aos incêndios na região e assume principal preocupação com o setor da agropecuária.
Em declarações à TSF, Augusto Marinho destaca que Ponte da Barca está ainda numa "situação sensível": apesar de o fogo já ter sido dado como dominado, o facto de existirem "muitos reacendimentos" faz com que "ainda exista um grande trabalho" no combate às chamas. Também por isso mesmo, os prejuízos "ainda não estão quantificados", mas são já "elevados".
Ainda assim, o presidente da câmara enumera vários estragos provocados pelos fogos florestais: "Desde pavilhões, palheiros, armazéns com produtos agrícolas, bastantes animais mortos, ao nível do mel, temos muitas colmeias destruídas, entre muitos outros prejuízos que agora temos que quantificar para depois definir o tipo de ajuda."
Augusto Marinho confessa ainda estar "preocupado" com o setor da agricultura, sobretudo devido ao elevado número de animais mortos, e assegura que esta é uma "prioridade" para o executivo camarário.
A autarquia já está igualmente a pensar em criar um plano de reflorestação.
No mapa dos incêndios, dois grandes fogos continuam dominar os trabalhos dos bombeiros, um deles em Vila Real e outro em Celorico de Bastos.
No distrito de Vila Real, continua o fogo que deflagrou no sábado à noite continua ativo. No combate às chamas, estão mais de 360 efetivos, apoiados por 121 meios terrestres.
Na região do Tâmega e Sousa, continua igualmente ativo o fogo em Arnóia, Celorico de Basto, distrito de Braga. Aqui, estão 324 operacionais, apoiados por mais de uma centena de viaturas.
Com menor dimensão, há mais dois incêndios em curso: em Fafe e em Arcos de Valdevez. No total, encontram-se nestes dois fogos cerca de cem operacionais.
A Autoestrada 7 (A7) foi reaberta ao trânsito pelas 09h40 desta segunda-feira nos dois sentidos na zona de Fafe, distrito de Braga, após o corte de várias horas devido a um incêndio que deflagrou esta madrugada, indicou a GNR.
Segundo a GNR, a A7, que esteve cortada entre Fafe e Basto, no município de Cabeceiras de Basto, foi cortada ao trânsito pelas 04h00 em ambos os sentidos, em resultado do incêndio que deflagrou em São Gens, Fafe, cerca das 03h45.
Sobre O incêndio, o mesmo continua a "arder com intensidade e na direção das aldeias de Casadela e Boucinha", adiantou, pelas 10h10, o comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo este responsável, o combate às chamas vai ser reforçado com mais um meio aéreo, que será posteriormente rendido por um outro, acrescentando que o objetivo dos operacionais é fazer um ataque forte e efetivo para que as chamas não cheguem às duas aldeias.
O incêndio que deflagrou em São Gens, Fafe, cerca das 03h45, estava, às 10h30, a ser combatido por 77 operacionais, 25 viaturas e três meios aéreos.
O incêndio que deflagra em Vila Real tem agora uma só frente ativa, na zona de Sirarelhos. A informação foi avançada à TSF pelo autarca Alexandre Favaios, que dá conta de que no combate às chamas estão cerca de 380 operacionais.
O fogo de Vila Real teve início pelas 23h45 de sábado, na serra do Alvão, na zona de Sirarelhos, tendo progredido depois para Gontães, São Miguel da Pena e Vila Cova, onde, após se ter aproximado da aldeia durante a manhã de domingo, sofreu uma reativação junto a uma casa ao final da tarde. Em Vila Cova, o incêndio está "em rescaldo".
Não há registo de habitações danificadas pelas chamas.
A Proteção Civil perspetiva que os quatro grandes incêndios que se mantêm em Portugal continental esta segunda-feira de manhã, em Vila Real, Celorico de Basto, Arcos de Valdevez e Fafe, sejam dados como dominados durante o dia.
Em declarações à Lusa pelas 07h20, oficial de operações no Comando Nacional, Pedro Araújo, referiu que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem a "perspetiva de poder vir a dar estes quatro incêndios como dominados" durante o dia desta segunda-feira.
De acordo com Pedro Araújo, a partir das 08h30 o combate aos fogos será reforçado com meios aéreos.
Mais de 140 concelhos do interior Norte e Centro do país e da região do Algarve estão esta segunda-feira sob risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com o IPMA, estão em risco máximo de incêndio, o mais elevado, todos os concelhos dos distritos de Bragança, Guarda e Viseu e a maioria dos concelhos dos distritos de Vila Real e Castelo Branco.
Estão igualmente em risco máximo de incêndio dezenas de municípios dos distritos de Viana do Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Aveiro, Santarém, Leiria, Portalegre e Faro.
Em risco muito elevado estão mais de 40 concelhos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Porto, Aveiro, Leiria, Santarém, Lisboa, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro.
O IPMA colocou em risco elevado quase toda a região do Alentejo e mais de 20 concelhos dos distritos de Leiria, Santarém, Lisboa e Faro.
Apenas cerca de 40 municípios, a maioria no litoral, nos distritos de Porto, Aveiro, Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro estão sob risco moderado de incêndio.
O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.
A A7, que liga Póvoa de Varzim com Vila Pouca de Aguiar, está cortada por causa do incêndio que deflagrou em Fafe, no distrito de Braga. O trânsito foi cortado às 04h30 desta segunda-feira.
A GNR não consegue prever quando o trânsito poderá ser retomado. O corte junto a Fafe faz-se nos dois sentidos.
