O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, e o líder da CGTP, Arménio Carlos, consideraram hoje que o encontro não passou de «mais uma desilusão» onde «falam em tudo e não dizem nada».
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À entrada para a reunião de concertação social, que hoje é presidida pelo ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, para discutir o novo quadro comunitário de apoio, Carlos Silva sublinhou que o Conselho de Estado não trouxe novidades.
«Infelizmente não trouxeram nada de novo. Ouvi da parte do órgão consultor do Presidente da República que é preciso mais solidariedade, mas cumprir o programa de austeridade. Nós achamos que o programa de austeridade já ultrapassou claramente as barreiras de sofrimento do povo português, portanto, compaginar as duas questões é difícil», declarou Carlos Silva.
«É mais uma desilusão, a juntar às muitas que temos tido nos últimos tempos por parte dos órgãos de soberania», concluiu.
Já o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou hoje que as questões abordados ontem no Conselho de Estado «falam em tudo e não dizem nada», salientando que os trabalhadores estavam à espera de respostas a problemas concretos.
Arménio Carlos disse ainda que se tratou de «uma oportunidade perdida para responder a problemas que exigem respostas concretas, que continuam a não surgir».
«Em relação àquilo que foi ontem [segunda-feira] transmitido pelo representante da Presidência da República diria que é um comunicado que fala em tudo e não diz nada, porque o que os trabalhadores e as pessoas em geral estavam à espera e exigem é que, quer o Presidente da República, quer o Governo, assumam as suas responsabilidades e deem respostas aos problemas concretos», frisou.
Na opinião do líder da CGTP, da reunião «não saiu nenhuma resposta» ao desemprego, à proteção social e à situação dos reformados.