Em declarações à TSF, João Proença, secretário-geral da UGT, e Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, sublinharam o seu desagrado com a fusão das pastas da Economia e Emprego, temendo a submissão do trabalho à economia.
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No XIX Governo Constitucional, as pastas da Economia e Emprego estão a cargo do mesmo ministro, o independente Álvaro Santos Pereira.
Na TSF, João Proença, secretário-geral da UGT, considerou que «o trabalho, o emprego e a segurança social são áreas profundamente ligadas» e, com esta separação, «preocupa-nos a subordinação do trabalho e do emprego à economia».
Quanto ao nome do novo ministro, o sindicalista referiu que «é um académico, não o conhecemos, [por isso] vamos aguardar a constituição total da equipa, na medida em que é um ministro que está há muitos anos no estrangeiro, portanto é fundamental que os secretários de Estado estejam profundamente envolvidos na realidade nacional», frisou.
Também Carvalho da Silva, líder da CGTP, manifestou a sua preocupação com o que designou de «submissão do trabalho à economia».
«Ou seja, no plano das relações do trabalho reforçar o poder unilateral dos detentores de capital, do patronato. Toda esta concepção de Governo vai numa lógica de servir uma Europa que está a dar sinais de estar a rebentar por todos os poros e mais alguns», defendeu.
«Portanto, temos que estar com muito atenção e preparados para reagir conforme a evolução das coisas», concluiu Carvalho da Silva.