O secretário-geral da UGT, João Proença, deu conta, esta tarde, da conversa que teve com os representantes da troika, revelando que sentiu compreensão perante os efeitos da austeridade.
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Em conferência de imprensa após um encontro com os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia (CE), que se encontram em Lisboa desde 15 de fevereiro, João Proença, congratulou-se com a abertura manifestada pelos representantes da troika perante as dificuldades que o país enfrenta.
«Senti compreensão perante as dificuldades que o país atravessa, nomeadamente, perante esta situação insustentável de desemprego que atravessa o país. Nesse quadro, posso dizer, que de facto senti que há algum grau de abertura», afirmou.
Relativamente ao «alargamento do prazo» para que Portugal possa cumprir as metas, na sequência do empréstimo de 78 mil milhões de euros acordado com a troika, João Proença reterou que face «a um país e a um memorando que apostaram nas exportações, a situação poderá estar altamente condicionada pelo comportamento ao nível da Europa».
«Portanto, se a Europa não importar mais, Portugal tem de ter abertura para alargar o prazo de pagamento», defendeu o sindicalista.