Tanto na União Geral de Trabalhadores como na Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, os principais cargos estão entregues maioritariamente a homens.
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Este domingo, a UGT foi a votos e Carlos Silva foi reeleito secretário-geral da União Geral de Trabalhadores, assim como o restante secretariado nacional. No entanto, neste órgão composto por 68 elementos, apenas 29% são mulheres.
A TSF confrontou a intersindical com estes dados. A presidente da Comissão de Mulheres da UGT acredita que daqui por quatro anos a paridade será atingida, resultado de um caminho que Lina Lopes garante estar a ser feito.
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Lina Lopes dá como exemplo o caso dos três sindicatos dos bancários afetos à sindical que "em 88 anos nunca tiveram uma mulher como presidente" e foi no tempo de Carlos Silva que foi eleita uma mulher pela primeira vez.
A TSF foi também analisar a composição de órgãos equivalentes na CGTP e os números são semelhantes. Na comissão executiva liderada por Arménio Carlos, pouco mais de 30% são mulheres.
Fátima Messias, coordenadora da Comissão para a Igualdade de Género da intersindical, considera que a imposição de metas ou até mesmo de quotas não serve para atingir a paridade.
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Fátima Messias diz que o grande inimigo do crescimento da participação das mulheres em cargos dirigentes na CGTP é a precariedade, "Com os vínculos laborais precários e com a desregulamentação dos horários de trabalho, entre outros, temos aqui grandes obstáculos à participação das mulheres não só nos sindicatos, mas a todos os níveis", defende.