ULS de Castelo Branco diz que bebé que morreu à porta de urgências de Idanha-a-Nova foi socorrido de imediato
A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco disse que o bebé foi socorrido de imediato por uma médica e fez saber que instaurou um inquérito com objetivo de averiguar os factos relacionados com este caso
Corpo do artigo
A Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco assegurou que o bebé de 11 meses que morreu no centro de saúde de Idanha-a-Nova foi socorrido de imediato pela médica que estava no serviço de atendimento complementar.
Em esclarecimentos à TSF, a ULS adiantou ainda que a médica fez manobras de reanimação e foi acionado o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Viatura Médica (INEM) de Emergência e Reanimação (VMER). Esta versão contraria a versão da mãe e foi confirmada esta terça-feira pelo comandante dos bombeiros de Idanha-a-Nova, João Costa, também à TSF.
"Foi acionada uma ambulância de emergência por volta das 19h06 para o centro de saúde de Idanha-a-Nova. Ao chegar ao local, encontraram uma criança a ser assistida dentro do centro de saúde pelo médico e enfermeiro do centro de saúde, em manobras de reanimação", disse.
"Os bombeiros quando chegaram entraram pelo centro de saúde e tudo isto se passou lá. Não me contaram nada que se tenha passado no exterior", acrescentou.
O Diário de Notícias escreve esta terça-feira que o Ministério Público de Castelo Branco já deu início a uma investigação à morte do bebé, e que o advogado da família informou que vai consultar o processo para determinar os próximos passos.
A ULS de Castelo Branco abriu um inquérito interno para apurar o que aconteceu, enquanto o INEM referiu que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu uma chamada do centro de saúde a pedir apoio para um bebé de 11 meses em paragem cardiorrespiratória, mas apesar dos esforços “o bebé não recuperou da situação de PCR”.
À TV Record, a mãe do bebé disse que recusaram o atendimento por estarem perto da hora de fecho.
De acordo com a mãe, o menino era saudável, mas começou a ficar doente, não aparentando nada de grave, ou pelo menos, que fizesse prever o desfecho.
A família recorreu ao centro de saúde de Idanha-a-Nova e foi encaminhada para a Urgência Pediátrica do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, onde foi prescrita medicação ao bebé, mas estado de saúde da criança piorou.
Ao regressarem ao centro de saúde de Idanha-a-Nova, o atendimento terá sido recusado, tendo sido acionado o 112 para transportar o bebé de volta para o hospital em Castelo Branco, mas a criança acabou por morrer à porta do centro de saúde.
