Após quase 40 anos de liderança, o socialista Mesquita Machado cedeu a cadeira da presidência da Câmara de Braga a Ricardo Rio (coligação PSD/CDS Juntos por Braga). Um ano após a tomada de posse, a TSF foi escutar os bracarenses sobre o que mudou na cidade.
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Ricardo Rio ainda não convenceu mas também ainda não desiludiu. Um ano depois, parece perdurar um certo estado de graça.
«Não vi mudança nenhuma. Empregos é o que é preciso mas não há milagres», lamenta Susana Veloso que tenta ganhar a vida atrás de uma banca de castanha assada, na Rua do Souto.
Maria de Lurdes Sousa não se sente defraudada: «Para os velhotes e pobres, pôs autocarro para ir ao hospital de Braga, o que o outro não fez porque achava que toda a gente tinha dinheiro para andar de táxi. E era uma necessidade absoluta», afirma.
José Oliveira, com um pequeno negócio no Campo da Vinha, já foi vendo alguns arranjos. «À entrada da cidade nota-se uma maior preocupação na limpeza das bermas, também na pintura de passadeiras e aqui nesta praça era necessário uma intervenção para acabar com as diferenças de nível que têm provocado tantas quedas», descreve.
Um ano de mandato é considerado um período ainda curto para grandes mudanças e Manuel Oliveira estima que seja preciso «um mandato inteiro» para resolver os problemas da cidade. «Ele tem muitas dívidas para pagar e eu sei que tem porque sou um dos credores», atira.
Todos concordam que alguma coisa mudou, quanto mais não seja no estilo. «São muito diferentes, como da água para o vinho. O outro [Mesquita Machado] ninguém o via na rua», diz Susana Veloso.
Manuel Oliveira considera que o atual presidente da Câmara Municipal de Braga «é mais simpático» e Maria de Lurdes de Sousa remata: «Ricardo Rio é uma bomboca, oxalá que não se estrague».