A manifestação seguia em direção ao Ministério do Ambiente.
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Um jovem ativista pelo clima ficou esta sexta-feira ferido na cabeça e, até agora, 20 jovens já foram detidos pela PSP durante um protesto em Lisboa. O número está a ser avançado pelo Jornal de Notícias.
Alguns elementos do grupo "Fim ao Fóssil" terão ocupado, pelas 11h00, o edifício do Ministério das Infraestruturas, onde ficaram sentados, ligados por tubos. A polícia terá então retirado no total 15 estudantes do local, que acabaram detidos, segundo revelou, ao JN, fonte do coletivo Greve Climática Estudantil.
Esta sexta-feira, alguns elementos do grupo Fim ao Fóssil ocuparam também, por volta das 11 horas, o edifício do Ministério das Infraestruturas, onde se sentaram no chão, conectados por tubos. Além disso, barricaram algumas das portas. Depois de ocuparem o edifício durante as últimas quatro horas, pelas 15 horas as forças policiais retiram os 15 estudantes do edifício. Acabaram todos detidos, apontou a mesma fonte.
Cerca de 50 jovens ativistas concentraram-se cerca das 11h30 no Largo Camões, tendo desfilado pouco depois em direção ao Ministério do Ambiente, mas a marcha foi momentaneamente interrompida quando a polícia revistou três manifestantes aos quais apreendeu dois "engenhos pirotécnicos" e um saco com tintas.
Os manifestantes tentaram derrubar a barreira policial colocada junto ao Ministério do Ambiente, o que gerou alguns momentos de tensão e levou às 20 detenções.
As duas últimas detenções terão ocorrido quando uma jovem confrontou a polícia por, alegadamente, ter revistado três menores, durante a marcha. O outro detido estaria a apoiar no exterior da esquadra do Bairro Alto os três primeiros estudantes que foram levados pela polícia.
O desfile prosseguiu com palavras de ordem contra a exploração de energia fóssil e, ao subirem a Rua do Século, já próximo ao Ministério Ambiente, os manifestantes conseguiram libertar fumos nas cores de vermelho, verde e negro de engenhos semelhantes aos apreendidos pela PSP.
Por volta das 12h00, um agente da PSP avisou o comando que se a situação se mantivesse "teria de usar outro tipo de força", tendo poucos minutos depois chegado um núcleo da Equipa de Prevenção e Reação Imediata (EPRI).
Em declarações à Lusa, Beatriz Xavier, porta-voz do movimento fim ao fóssil, disse que são necessárias "ações disruptivas" para fazer mudar o sistema.
Os ativistas têm realizado manifestações e ações para reivindicar o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que o gás fóssil é utilizado em Portugal. Para o dia de hoje, os estudantes pretendiam "ocupar" o Ministério do Ambiente, numa ação a que chamaram "visita de estudo".
Notícia atualizada às 16h17.