Um dia sem autocarros no Porto. Trabalhadores da STCP estão em greve sem serviços mínimos
Paralisação vai prolongar-se até às 2h00 do dia 1 de julho.
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Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) estão esta terça-feira em greve para reivindicar melhores condições laborais.
O protesto começou à meia-noite e dura 24 horas, sem que tenham sido estabelecidos pelo Tribunal Arbitral quaisquer serviços mínimos para as 73 linhas da rede STCP. Tanto a empresa como a Comissão de Trabalhadores esperam, por isso, grandes perturbações no serviço.
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Quatro dos cinco sindicatos dos trabalhadores da STCP aderiram à greve - o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e a Associação Sindical de Trabalhadores dos Transportes Coletivos do Porto (SMTP) - o que corresponde a cerca de 90% dos 1200 funcionários da empresa.
Em declarações à TSF, Jorge Costa, presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas, explica que a paralisação acontece porque a STCP é uma empresa à deriva em pleno processo de municipalização.
"Os trabalhadores da STCP, enquanto andam neste jogo do rato e do gato, não veem as suas condições melhoradas. Cria-se este impasse. Dá a sensação que a STCP anda sem lei nem roque", lamenta.
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Os trabalhadores dos transportes do Porto dizem ter sido tratados com "indiferença" na última década e exigem a revisão das remunerações, carreiras profissionais e horários.