De acordo com a base de dados da Pordata, um em cada quatro portugueses está em risco de pobreza e quem recebe o salário mínimo ganha menos 12 euros do que em 1974, descontando a inflação. Dados divulgados a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e dos Sem-abrigo.
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O presidente da Cáritas, ouvido pela TSF diz que o número de pessoas a pedir ajuda não pára de crescer. Nos primeiros seis meses do ano, a Cáritas apoiou quase 73.828 pessoas, mais 1.784 do que no período homólogo do ano passado.
Eugénio da fonseca diz que as pessoas que procuram a Cáritas são sobretudo desempregados e também pessoas de baixos rendimentos com dificuldades para pagar, luz, água, e outras despesas essenciais.
O presidente da Cáritas sublinha que , apesar do aumento de pessoas apoiadas, o ritmo de crescimento abrandou em relação a 2012. A maior parte dos casos novos está relacionada com pessoas que deixaram de receber o subsídio de desemprego.
Ontem, a Cáritas Portugal defendeu a necessidade de uma estratégia nacional de combate à pobreza e exclusão social, apontando que existem apenas «medidas avulsas» com o propósito de resolver os problemas imediatos.
Também contactada pela TSF, a CAIS diz que nos últimos tempos a procura dos sem-abrigo pelos apoios da associação tem estabilizado. José Macieira explica que recebem em média 20 a 30 pessoas que os procuram todos os meses. A crescente dificuldade tem sido recolher apoios para ajudar estas pessoas.