São tempos de esperança e de alento os que estão a ser vividos no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico.
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Em 35 horas nasceram nove crias no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico. As fêmeas Jabaluna, Frésa, Juncia e Jerumenha contribuíram para que o animal não volte a estar em extinção. João Alves, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, admite que o fenómeno é curioso.
"Com várias pessoas a morrer, constitui um fator de esperança e de alento termos linces ibéricos a nascer e a recuperar uma espécie que estava à beira da extinção na passagem do século XX para o século XXI", diz João Alves.
Num esforço conjugado entre Portugal e Espanha, o acasalamento destes animais é planeado por técnicos de forma a recuperar e libertar a espécie.
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Um dos objetivos principais é também inverter a consanguinidade que existia, uma vez que todos os animais são originários de um pequeno grupo de linces que existia na Andaluzia e que, a partir dessa altura, por cruzamentos geneticamente definidos, têm vindo a conseguir-se evitar que "primos direitos" possam reproduzir-se e gerar animais mais resistentes e adaptáveis ao meio natural.
Este é um animal com as características típicas de um felino. "É como um gato com maiores dimensões", explica João Alves.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas já acompanhou o nascimento de 11 crias, mas o número vai aumentar. No dia 18, a fêmea Era já tem parto marcado e será, a resultar, a ninhada geneticamente mais importante de 2020 no Programa de Conservação.
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