"Um fiasco." CDS acusa Governo de falhar na entrega de computadores e internet aos alunos
Líder do CDS apontou o dedo ao Governo pelo "fracasso" da medida prometida para o início do ano letivo e pela falta de alteração à portaria dos alunos e professores incluídos em grupos de risco.
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Francisco Rodrigues dos Santos voltou a acusar o Governo de ter falhado no plano de regresso às aulas, não tendo conseguido tranquilizar os pais e professores na altura de iniciar o ano letivo. Após uma visita à Escola Dona Filipa de Lencastre, em Lisboa, o presidente do CDS apontou ainda para o "fracasso" da medida do Executivo que pretende dar um computador e internet a todos os alunos.
"Este Governo tem sido relapso, uma vez que não apresentou a tempo e horas um conjunto de normas e procedimentos de saúde pública e segurança que permitam enquadrar um conjunto de situações nas escolas e geram um clima de incerteza e segurança em algumas famílias", começou por dizer, prosseguindo com elogios aos professores e a quem ministra as escolas, dizendo que têm sido "absolutamente exemplares" na implementação das medidas.
Uma das falhas apontadas pelo líder centrista prende-se com a medida prometida por António Costa e por Brandão Rodrigues de um acesso universal a equipamento e internet para alunos do básico e do secundário. "Isto não aconteceu, o Governo falhou na palavra que deu aos portugueses no caso de os alunos terem necessidade por razões mais diversas não têm esses recursos", afirmou Rodrigues dos Santos, referindo que esta era uma medida fundamental para o desdobramento de turmas e para o acompanhamento de aulas à distância.
"O acesso universal que o Governo anunciou foi um fiasco e fracasso rotundo", reiterou, recordando que o CDS tinha apresentado uma proposta de oferta de vales para as famílias mais carenciadas poderem aceder ao material necessário.
Além deste ponto, o líder do CDS defendeu ainda a "alteração da portaria para alunos que têm doenças oncológicas e estendê-la para alunos de grupos de risco", bem como para professores com o mesmo estatuto o que deveria permitir o ensino à distância.
Neste seguimento, Francisco Rodrigues dos Santos criticou ainda a falta de medidas para alunos com necessidades educativas especiais, referindo ser "necessário mecanismos de apoio que evitem discriminação por via da incompetência ministerial".