Viana do Castelo recebe hoje, à tarde, a iniciativa "A construção naval não pode morrer", em defesa dos Estaleiros Navais, envolvendo música, poesia e intervenções políticas.
Corpo do artigo
A iniciativa, lançada pela Câmara Municipal, surge na sequência do anunciado encerramento dos Estaleiros e do consequente despedimento dos atuais 609 trabalhadores, decidido pelo ministério da Defesa Nacional, que lançou em paralelo um concurso para a subconcessão dos terrenos e infraestruturas da empresa, entretanto entregue ao grupo Martifer.
Políticos, músicos, desportistas e antigos trabalhadores dos Estaleiros são esperados na cidade para aquilo que a autarquia classifica como um «grito nacional» em defesa da empresa.
«Vamos fazer de Viana do Castelo o centro do país na defesa de uma empresa que representa a nossa identidade. Vamos lançar um grito nacional, a partir da Praça da República, para que o processo de subconcessão dos estaleiros navais seja suspenso e não se perca o conhecimento que existe», explicou esta semana o autarca local, José Maria Costa.
A Câmara de Viana do Castelo aprovou na quinta-feira - com os votos favoráveis do PS, PSD e CDU - uma moção de «repúdio» ao encerramento dos estaleiros, solicitando ainda uma reunião urgente com o primeiro-ministro e a suspensão deste processo.
A jornada em defesa da construção naval e dos estaleiros de Viana do Castelo está marcada para as 16:00, na Praça da República.