D. Januário Torgal Ferreira, antigo bispo das Forças Armadas, ainda está em choque com o desaparecimento do amigo D. António dos Santos. Patriarca de Lisboa recorda "alguém com enorme coração".
Corpo do artigo
"Tinha uma rara estima por D. António Francisco dos Santos. Nem acredito, isto é um mau sonho. Uma coisa que eu lhe pedia era que mantivesse uma grande paz, que ele dizia ter. E que sobretudo que conseguisse descansar porque era um homem que tentava ir a tudo, tentava estar com todas as pessoas, não queria faltar a nada, tinha um cuidado imenso com toda a sociedade civil, com a sociedade humana em geral, com os cristãos, com o diálogo interreligioso. Era um homem humilde e paciente", recorda à TSF D. Januário Torgal Ferreira.
TSF\audio\2017\09\noticias\11\d_januario_3_nem_acredito
O antigo bispo das Forças Armadas lembra o amigo como um defensor dos pobres e alguém com uma profunda fé e enorme coragem.
TSF\audio\2017\09\noticias\11\d_januario_4_um_bispo_deve_morrer_n
Também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa recordou o bispo do Porto como alguém que viveu "sempre com muita sabedoria, sempre com muita proximidade de toda a gente, um enorme coração".
Manuel Clemente, também cardeal patriarca de Lisboa, em declarações à agência Ecclesia, destacou o legado de D. António Francisco dos Santos: "Ele foi, entre todos nós, em Portugal, entre todos nós que o conhecemos e que tanto ganhámos com a sua convivência e com a sua ação, uma belíssima imagem do que é Cristo bom pastor, que continua presente na Igreja e na sociedade em geral".
A Santa Casa da Misericórdia do Porto lamentou, em comunicado, a morte do bispo António Francisco dos Santos, sublinhando que a diocese perdeu "um príncipe da Igreja". "O Porto fica hoje mais pobre. Perde um Príncipe da Igreja. Perde um cidadão de mérito. Perde, acima de tudo, uma referência do amor ao próximo e de solidariedade com todos nós", refere o comunicado.
D. António Francisco dos Santos, morreu hoje, aos 69 anos, vítima de ataque cardíaco.