Tem 53 anos, mas as mais de 20 greves de fome que fez ao longo da batalha contra o regime cubano deixaram marcas. Só que nem os problemas de saúde o impedem de estar disposto a sacrificar-se em nome da Democracia.
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"O sacrifício é uma parte da minha forma de pensar, da minha visão do mundo. Deus deu-me a oportunidade de poder converter-me em mártir pela pátria," diz Guillermo Fariñas à TSF.
O prémio Sakarov que lhe foi atribuido em 2010 tornou-o no mais famoso dissidente cubano. Mas não pensemos que Guillermo Fariñas é um homem radical, nada disso, fala com tom calmo e ponderado.
Guillermo Fariñas está disposto a morrer pelo país, mas antes quer ver a Europa e os Estados Unidos a pressionarem Havana para que avance com reformas democráticas.
Confessa que olhava para os Estados Unidos como um possível incentivador da Democracia no país, mas este ativista e psicólogo cubano desiludiu-se com Obama e garante que a situação no país piorou - a repressão aumentou.
O jornalista e dissidente político cubano está pela primeira vez em Portugal para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Esta quinta-feira, Guillermo Fariñas dá uma palestra sobre os Direitos Humanos em Cuba, às 18:00, no espaço Atmosfera M, na rua Castilho, 5, em Lisboa. A entrada é livre.