A Comunidade Intermunicipal Terras e Trás-os-Montes, que inclui 9 municípios do distrito de Bragança, está a preparar uma bolsa de 1 milhão de euros para implementar medidas na região contra o Coronavirus.
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A ideia passa por complementar as ações do governo, principalmente junto dos mais idosos. Os nove municípios querem também, o mais depressa possível, um Centro de rastreio no distrito. Ao governo pedem, mais uma vez, o levantamento da suspensão da quarentena obrigatória para os emigrantes que entram no distrito.
A CIM TT justifica a medida com o facto de o distrito ser um dos mais envelhecidos do país e porque os transmontanos não foram contemplados na primeira fase do plano do Governo para rastreio nas instituições. A CIM está disponível para apoiar financeiramente a realização desses testes, a idosos institucionalizados e aos seus cuidadores.
"Sabemos que uma das prioridades do governo também são os lares. Estão neste momento com alguns testes, mas nós achámos que poderíamos ir mais longe com esta medida. No fundo, dotámos financeiramente a Comunidade Intermunicipal para suprir as necessidades efetivas ao nível do rastreio e testes nos lares do nosso distrito", assinala Artur Nunes.
O presidente da CIM Terras de Trás-os Montes acrescenta que o plano de ação passará pela aquisição dos testes, definição de locais para acolhimento das pessoas, se necessário, reforço do projeto da bolsa de voluntários e possível recrutamento de profissionais com formação específica na área. Por causa dos testes, os autarcas de Bragança querem, o mais depressa possível, um polo fixo na capital transmontana.
"Ter uma unidade fixa e permanente para que servisse todo o distrito de Bragança para que mais rapidamente possamos fazer testes e saber os resultados para que possamos ser muito pró-ativos na prevenção. Falamos de um polo físico para que se façam de forma permanente no nosso território e neste caso em Bragança".
Cada uma das nove autarquias da Comunidade intermunicipal contribuiu para o bolo de 1 milhão de euros, e estão dispostas a por mais, se for necessário.
Os 9 autarcas não entendem também a suspensão da quarentena obrigatória para os emigrantes que entram na região e exigem ao governo que reponha essa obrigação bem como um controlo mais apertado na fronteira de Quintanilha, nomeadamente a nível sanitário.