Um milhão de portugueses já foram vacinados contra a gripe. Há 800 mil doses em stock
Marta Temido anunciou que há em stock mais 800 mil vacinas.
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A ministra da Saúde anunciou, na audição no Parlamento, que "até à data foram vacinados um milhão de portugueses e há 800 mil doses em stock".
Na audição no Parlamento, a Ministra da Saúde revelou que houve um "reforço em 39% [nas vacinas da gripe] e iniciou-se um programa de vacinação precoce". "Até à data de 3 de novembro foram entregues ao SNS 1,8 milhões vacinas, estão em entrega 270 mil vacinas nas semanas 30 a 6 de dezembro, uma data que poderá ser antecipada", assegurou.
A ministra da Saúde está, esta quinta-feira, na comissão de Orçamento e Finanças para responder a questões sobre o Orçamento do Estado para a Saúde. Marta Temido começou por alertar que este documento foi preparado num "difícil contexto", mas alertando que há um crescimento de fundos para o SNS, tanto relativamente a 2019, como em relação ao Orçamento do Estado suplementar.
Trata-se de uma "continuação de investimentos" no SNS que tem vindo a ser feita e que, diz, permitiram tirar hospitais e centros de saúde "do papel".
Ricardo Batista Leite, deputado do PSD, foi o primeiro a questionar a ministra da Saúde e acusou o Governo de haver uma "ausência de estratégia", que resultou em mais mortes não Covid-19.
"Não se planeia uma pandemia, planeia-se uma resposta a ela", apontou a ministra da Saúde, lembrando que é uma situação global e "o relato e sensação de frustração e impotência é a mesma" em vários países da Europa. Sobre as mortes, Marta Temido explicou que "o excesso de óbitos está de acordo com o esperado", tendo em conta os longos períodos de temperaturas elevadas.
"Há uma pequena aldeia portuguesa em que a Covid-19 não chegou: o Orçamento do Estado", acusou Álvaro Almeida, deputado do PSD, referindo que o OE2021 "é uma continuação do OE2020", nomeadamente a contratação de profissionais de saúde "que já estava previsto para 2020".
Ministra está bem "no meio"
O Bloco de Esquerda insiste que o Governo mantém os números para o SNS, apontando que está em causa uma "insuficiência" perante as necessidades em plena pandemia da Covid-19. Moisés Ferreira questionou a ministra sobre as consultas no SNS que foram adiadas pelo combate à pandemia, mas Marta Temido frisou, como já havia dito na TSF, que foram emitidos "170 mil vales de cirurgia até setembro, um crescimento de 3%" em relação ao ano anterior.
Depois de questionada por José Manuel Pureza, a ministra garantiu que "sente-se bem onde está, no meio" dos pedidos da esquerda e da direta, "onde se servem os portugueses, onde se aposta no SNS, mas onde não se nega a complementaridade necessária".
O tom da ministra subiu para referir que não se podem alimentar "guerras que não existem porque as pessoas procuram respostas", mas frisou que "não tem havido respostas à doença Covid fora do SNS", contudo ainda na manhã desta quinta-feira foram autorizados "33 milhões de euros para atividade realizada fora do SNS".
Marta Temido disse ainda que se "tem conseguido ultrapassar a situação de não aceitação de vagas e podemos retomar o regresso a alguma atividade de urgência noturna a curto prazo" no Hospital Garcia da Orta.
Relativamente aos testes rápidos, a ministra assegurou que no início da semana haverá "condições para começar a utilização".