O especialista do Instituto de Higiene e Medicina Tropical adianta à TSF os fatores que podem explicar a diferença nos resultados dos vários testes feitos por Marcelo Rebelo de Sousa.
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A qualidade da amostra e a sensibilidade dos testes são dois dos fatores que podem, de acordo com o virologista Celso Cunha, explicar o facto de o Presidente da República ter testado negativo à Covid-19 esta terça-feira, depois de um resultado positivo no dia anterior.
O especialista do Instituto de Higiene e Medicina Tropical adianta à TSF que o primeiro fator para a diferença de resultados "é a qualidade da amostra que é colhida, ou seja, se a amostra colhida ao senhor Presidente da República foi colhida de modo correto e foi recolhido material suficiente e de boa qualidade para posteriormente ser processado para fazer o teste".
Por outro lado, "o segundo ponto pode dizer respeito à sensibilidade dos próprios testes, ou seja, se o primeiro teste que foi positivo foi um teste considerado como tal, mas com carga viral já muito baixa, já muito próximo do limite do inconclusivo, é natural que no dia seguinte, por exemplo, um segundo teste possa ter um resultado inconclusivo ou até mesmo sendo considerado negativo devido à variação da carga viral que está presente na amostra recolhida", sustenta Celso Cunha.
Na perspetiva do virologista, o que vai acontecer nos próximos dias, provavelmente, "é que o senhor Presidente da República vai continuar em confinamento, até se confirmar que os resultados são negativos".
"[Marcelo Rebelo de Sousa] vai ter de ser monitorizado diariamente, provavelmente, para ver se este teste que agora deu negativo vai continuar a ser negativo nos próximos dias ou se, por exemplo, este foi simplesmente um acaso devido a outros fatores, nomeadamente a qualidade da amostra colhida ao senhor Presidente", remata.
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