No terreno, estão 647 operacionais, 205 veículos e nove máquinas de arrasto
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Meios aéreos vão, durante a manhã, juntar-se ao combate às chamas em Silvares, no concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, onde um incêndio deflagrou na sexta-feira, disse este sábado à Lusa fonte da proteção civil.
A noite foi violenta, no concelho do Fundão, por causa do fogo que continua por dominar. À TSF, o presidente da câmara do Fundão descreve um cenário quase caótico, de muito risco para algumas habitações. As chamas chegaram mesmo aos concelhos da Covilhã e Pampilhosa da Serra. O autarca Paulo Fernandes fala mesmo em descontrolo, em alguns momentos.
"A situação chegou a estar caótica, um total descontrolo, sobretudo com o seu avanço para a localidade da Barroca do Zêzere e com a sua também entrada naquilo que é a garganta do próprio rio Zêzere, com projeções que levaram ao incêndio também para localidades e concelhos vizinhos, como Covilhã e, sobretudo, o concelho da Pampilhosa da Serra, a localidade de Ornelas. Chegou a haver momentos de grande risco para habitações, nomeadamente na localidade da Barroca do Zêzere, felizmente sem danos nesse mesmo tecido habitacional, mas houve momentos em que o corredor de segurança foi rompido e teve de haver respostas de emergência, que, felizmente, acabaram por correr bem", explica à TSF Paulo Fernandes.
Com o nascer do dia, os meios aéreos entraram em ação, mas Paulo Fernandes admite que sejam necessários mais meios para fazer face a vários reacendimentos.
"Estamos a ter reacendimentos permanentes já esta manhã, com uma necessidade imensa de que os meios aéreos não só se mantenham, como, com o avançar do dia, eventualmente, até tenham de ser reforçados. Estamos nessa batalha ao minuto de já estarmos a ter vários pontos de rendimento e tentar que eles não se transformem rapidamente em outras frentes", acrescenta.
Este incêndio, que causou ferimentos ligeiros em dois bombeiros, apresenta "uma grande extensão de área ardida, com muitos meios empenhados" aos quais se vão juntar, "pela manhã, meios áereos", disse o segundo comandante, José Costa, do comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
De acordo com a página da Proteção Civil, no terreno, estão 704 operacionais, 219 veículos, sete aeronaves e nove máquinas de arrasto, indicou a mesma fonte.
"A estrada nacional [EN] 238 está interdita entre Dornelas e Silvares", adiantou.
José Costa destacou o fogo que lavra em Paranhos, no concelho de Seia, distrito da Guarda, com 309 operacionais e 90 veículos no combate às chamas, acrescentando que duas aldeias, Sobreda e Seixo da Beira, "não estão ameaçadas, mas estão próximas do incêndio".
A ANEPC assinalou também os fogos ativos no local de Mós, em Castro Daire, distrito de Viseu, com 132 operacionais e 39 veículos; em Valverde, Aguiar da Beira, distrito da Guarda, com 132 operacionais e 35 veículos de apoio; bem como em Vila Verde, Gondomar, no distrito de Braga, com 102 operacionais e 32 veículos.
Nesta altura, a ANEPC regista, ao todo, seis incêndios ativos "com mais significado", afirmou.
Notícia atualizada às 10h25
