Nem tudo foi mau com a pandemia. As organizações humanitárias receberam muitas doações e aprenderam a cooperar.
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Os pacotes, caixas e colchões amontoam-se na entrada da sede dos Médicos do Mundo (MdM), em Lisboa. Gel, mantas, parkas, colchões, material para crianças, protecções individuais e até pastéis de feijão. Foram muitas as doações feitas aos Médicos do Mundo, que canalizaram os produtos para outras organizações dedicadas à resposta da população mais carenciada.
A directora executiva dos MdM, Carla Paiva, salienta que a resposta dos parceiros foi "pró-activa, o que demonstra a capacidade de cooperação e resiliência".
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Com a perda de capacidade de compra, muitas empresas "pararam os seus modelos de negócio, muitos tiveram de fechar portas" e os produtos foram doados às organizações da sociedade civil.
Este foi o "sinal de que é possível", destaca Carla Paiva, "uma lição que tem de ficar aprendida".
A Covid-19 mostrou que "as crises sanitárias podem acontecer na nossa casa", acrescenta a directora executiva dos MdM, considerando que a pandemia foi uma "oportunidade para as pessoas e organizações se desenvolverem" e estar mais perto das pessoas que precisam. A mobilização foi um "motor" e uma motivação. "
"Não há outra forma de fazermos isto", conclui Carla Paiva.
*A autora não segue as regras do novo acordo ortográfico