No ano em que comemora 70 anos de existência, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança uma bolsa de investigação clínica de 10 mil euros. As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de mortalidade em Portugal.
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Trata-se de uma bolsa de investigação no valor de 10 mil euros, financiada pelo Banco de Portugal, e vai privilegiar trabalhos subscritos por três serviços diferentes, estimulando a colaboração multidisciplinar.
"[Esta bolsa] foi criada com o objetivo de celebrar estes 70 anos. O Banco de Portugal associou-se a nós no sentido de obtermos financiamento para a bolsa. Visamos, sobretudo, um trabalho de investigação que tenha a colaboração de pelo menos três centros, porque a multidisciplinaridade é fundamental", explicou Ana Teresa Teotónio, secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, em entrevista à TSF.
O vencedor da bolsa será anunciado em setembro e terá cerca de dois anos para desenvolver o trabalho em causa, que deverá ser apresentado no Congresso de Cardiologia que será organizado pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia em 2021.
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Além desta iniciativa, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia vai ainda comemorar os seus 70 anos com uma sessão solene, esta tarde, pelas 18h30, no Centro Cultural de Belém.
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia foi fundada a 9 de julho de 1949, resultando da vontade de um grupo de médicos cardiologistas de criar uma sociedade científica que pudesse servir de base ao desenvolvimento da Cardiologia em Portugal.
A doença mais mortal em Portugal. Mas há progressos à vista
As doenças cardiovasculares afetam cerca de 740 mil pessoas em Portugal, representando a principais causa de mortalidade no país.
Segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado no início deste ano, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por cerca de 32.300 mortes em 2017. Trata-se, contudo, de uma redução de 1,3% comparativamente com o ano anterior.
De acordo com Ana Teresa Teotónio, refere que as "medidas de prevenção" tomadas e um "melhor tratamento" destas doenças estão a contribuir para a diminuição da mortalidade.
"A principal causa de mortalidade em Portugal são as doenças cardio e cerebrovasculares - ainda mais do que as doenças oncológicas -, mas tem havido descidas muito significativas", salientou.
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