São 18 mil as pessoas que ficam com movimentos muito restringidos nos próximos dias.
Corpo do artigo
Cerca de metade dos pescadores de peixe-espada preto estavam no mar, quando o novo vírus atacou em terra e obrigou a isolar a freguesia mais populosa da Madeira. A autarquia ainda não tem onde isolar os infetados.
São 18 mil pessoas com movimentos muito restringidos nos próximos dias. Só quem vive em Ovar perceberá bem o que isto significa. A PSP controla as estradas e a Polícia Marítima aquele pedaço de costa.
Em declarações à TSF, o presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho confessa que a maior angústia nesta altura é não ter onde colocar os moradores do bairro Nova Cidade que já se sabe estarem infetados, "não há ali condições para as pessoas ficarem. Temos tentado levá-las para alguma unidade hoteleira mas ainda não foi possível". As negociações continuam com as autoridades regionais de saúde.
12091721
Ao primeiro dia efetivo de cordão sanitário (o domingo quase não conta), correram rumores de que muitos pescadores teriam "fugido" ao cerco das autoridades para poderem ganhar a vida também nestes 15 dias. Pedro Coelho desmente, "o que acontece é que as embarcações saem a cada dez ou 15 dias, não fugiram, já estavam no mar quando foi declarada a situação de calamidade".
Cerca de uma dezena de barcos e uma centena de pescadores continuam assim em liberdade no mar, mas ainda não sabem se poderão voltar a casa tão cedo.
Quem ficou retido em casa e na freguesia, uns 18 mil habitantes, muitos vivem precisamente no bairro social onde surgiu o surto de Covid-19. A segurança social da Madeira já assegurou que enquanto durar o cordão sanitário, quem estava a trabalhar, cerca de mil pessoas, tem garantidos os salários a 100 por cento.
12093206