Em declarações à TSF, o diretor de serviço de gastrenterologia do IPO explica que o cancro digestivo abrange o cancro do esófago, do estômago, do intestino grosso, do fígado e do pâncreas.
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Uma em cada nove pessoas morre por cancro digestivo, alertou esta segunda-feira o Instituto Português de Oncologia (IPO), que durante o dia vai abrir portas no Porto para sensibilizar e debater uma das patologias com maior mortalidade no país e na Europa.
“No cancro digestivo nós habitualmente falamos dos 5+: cancro do esófago, do estômago, do intestino grosso, do fígado e do pâncreas. Estas cinco neoplastias têm vindo a aumentar em Portugal”, começou por explicar o diretor de serviço de gastrenterologia do IPO, Mário Dinis Ribeiro, em declarações à TSF.
“Das 100 mil pessoas que perdem a vida todos os anos, cerca de 30 mil perdem-na devido ao cancro. Destas, cerca de um terço são por causa do cancro digestivo”, acrescentou.
De acordo com os dados mais atualizados do Registo Oncológico Nacional (RON), referentes a 2020, o cancro digestivo representa 25% da incidência global do cancro e 35% de todas as mortes relacionadas com o cancro. Em Portugal, estima-se que até 2050 a incidência de cancro digestivo aumente 25%.
Para alertar as pessoas para a importância do diagnóstico e rastreio, Mário Dinis Ribeiro esclareceu que o evento desta segunda-feira coloca especialistas e não especialistas a falar da “probabilidade, do risco, da frequência e do tamanho deste problema”.
“É uma sessão aberta. Não carece de inscrições e a terá três momentos. Um primeiro momento em que se discutirá precisamente a probabilidade, o risco, a frequência, o tamanho deste problema, seguida de uma sessão dedicada aos programas de rastreio (...) e terminando com uma sessão sobre prevenção primária”, disse.
O encontro “Cancro Digestivo - Abordagens Atuais e Futuras” promovido pelo IPO do Porto, pela Europacolon Portugal e pela Digestive Cancers Europe decorre durante toda a manhã desta segunda-feira.