Todas as vítimas da explosão de uma unidade pirotécnica em Avões, Lamego, tinham laços de parentesco. As forças de segurança procuram pistas para identificarem os corpos. Há cinco mortos.
Corpo do artigo
Fernanda Costa, esposa de uma das vitimas da explosão em Avões, anda à procura do marido desde que ouviu a grande explosão. "Rebentou tudo ao mesmo tempo", desabafa Fernanda Costa que não tem noção de como tudo aconteceu.
"Os corpos estão irreconhecíveis, (os bombeiros) não sabem dizer quem são", explica Fernanda Costa. Pelo menos oito pessoas estavam na fábrica. Seis homens e duas mulheres, "uma filha e uma sobrinha" do dono.
TSF\audio\2017\04\noticias\04\fernanda_costa_1
As outras pessoas também tinham laços de parentesco com o dono desta fábrica de foguetes que se instalou na região há dez anos e estava bem integrado na freguesia, como explica o presidente da Junta.
Para Patrício Esteves, Presidente da Junta de Freguesia de Ferreiros de Avões, em declarações à TVI24, era uma família "próxima dos vizinhos" e todos os elementos vivem da pirotecnia e apenas três não estavam no local na altura da explosão.
TSF\audio\2017\04\noticias\04\patricio_esteves_1_tvi24
Entretanto, o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, esteve esta noite no local da explosão e atualizou a informação disponível.
Jorge Gomes revelou que "temos cinco corpos encontrados. Há três pessoas desaparecidas e não se pode, por razões de segurança dos operacionais, proceder nesta altura à identificação dos corpos nem fazer qualquer movimento no local do acidente".
"Está criado um perímetro de segurança com um raio de 300 metros" que vai ficar protegido durante toda a noite pela GNR e "a partir das oito da manha recomeçam os trabalhos de busca e pesquisa para se perceber o que é que aconteceu", conclui Jorge Gomes.